Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça.
29 setembro, 2006
27 setembro, 2006
26 setembro, 2006
21 setembro, 2006
Mais uma da tasca...
Gaja com ar de janada - Boa noite. Tem tabaco de enrolar?
Sheriff Esteves - Boa noite. Tenho Aguia, Samson, Drum, Detroit e Amsterdammer.
Gaja - Quero uma onça de detroit e papel.
Sheriff - As mortalhas são de quais. Smoking?
Gaja - Detroit.
Sheriff - Não tenho só tenho smoking e drum?
Gaja - Não tem detroit?
Sheriff - Não! Tenho Smoking pretas, vermelhas e azuis e drum.
Gaja - Mas se tem tabaco detroit porque nao tem papel detroit?
Sheriff - Ha pouca gente que procura, acho que e por isso.
Gaja - Mas se vende tabaco detroit tem de vender papel detroit. Porque não tem?
Sheriff - Olhe não sei explicar ao certo mas não tenho. Isso são assuntos da gerência.
Gaja - (Em silencio olhava-me nos olhos como se eu tivesse a guardar as mortalhas detroit todas para mim)
Sheriff - Vai levar mortalhas?
Gaja - (Pagou em silencio , foi-se embora e não levou mortalhas)
Sheriff Esteves - Boa noite. Tenho Aguia, Samson, Drum, Detroit e Amsterdammer.
Gaja - Quero uma onça de detroit e papel.
Sheriff - As mortalhas são de quais. Smoking?
Gaja - Detroit.
Sheriff - Não tenho só tenho smoking e drum?
Gaja - Não tem detroit?
Sheriff - Não! Tenho Smoking pretas, vermelhas e azuis e drum.
Gaja - Mas se tem tabaco detroit porque nao tem papel detroit?
Sheriff - Ha pouca gente que procura, acho que e por isso.
Gaja - Mas se vende tabaco detroit tem de vender papel detroit. Porque não tem?
Sheriff - Olhe não sei explicar ao certo mas não tenho. Isso são assuntos da gerência.
Gaja - (Em silencio olhava-me nos olhos como se eu tivesse a guardar as mortalhas detroit todas para mim)
Sheriff - Vai levar mortalhas?
Gaja - (Pagou em silencio , foi-se embora e não levou mortalhas)
17 setembro, 2006
Promiscuidade? Os media ao serviço das forças da ordem.
Cliente Habitual - Então sheriff, assaltaram a tasca?
Sheriff Esteves - Não sei de nada... (As regras de segurança aconselham a não se fazer publicidade dos assaltos)
Cliente - Mas vem no CM de hoje. Tem foto da tua colega e tudo.
Sheriff - Ah é deixa-me ver! Cá está... Foi apenas uma tentativa. Os gajos estavam a enfiar os passa montanhas na cabeça ali a frente do stand mas um gajo topou-os e deu o alerta. Nem chegaram a estar aqui. Os chuis vieram rapido e os gajos deram de sola. Eu já sabia.
Cliente - Vieram rápido? Imagino!
Sheriff - Vieram, vieram!
(Entra o Boss)
Sheriff - Então a sua empregada apareceu no jornal?
Boss - Pois foi. Foi a policia que quis chama-los. Para escreverem no jornal que eles actuaram rápido e evitaram o assalto.
Sheriff - Ah foi? Também devia ter chamado os jornalistas quando fui assaltado. Para escrever que os chuis deixaram os gajos fugir quase nas barbas deles. Então e as recomendações de segurança? Não é suposto não fazer grande publicidade disto?
Boss - Pois mas a policia quis assim. Ate amanha
Sheriff - Ate amanha
Sheriff Esteves - Não sei de nada... (As regras de segurança aconselham a não se fazer publicidade dos assaltos)
Cliente - Mas vem no CM de hoje. Tem foto da tua colega e tudo.
Sheriff - Ah é deixa-me ver! Cá está... Foi apenas uma tentativa. Os gajos estavam a enfiar os passa montanhas na cabeça ali a frente do stand mas um gajo topou-os e deu o alerta. Nem chegaram a estar aqui. Os chuis vieram rapido e os gajos deram de sola. Eu já sabia.
Cliente - Vieram rápido? Imagino!
Sheriff - Vieram, vieram!
(Entra o Boss)
Sheriff - Então a sua empregada apareceu no jornal?
Boss - Pois foi. Foi a policia que quis chama-los. Para escreverem no jornal que eles actuaram rápido e evitaram o assalto.
Sheriff - Ah foi? Também devia ter chamado os jornalistas quando fui assaltado. Para escrever que os chuis deixaram os gajos fugir quase nas barbas deles. Então e as recomendações de segurança? Não é suposto não fazer grande publicidade disto?
Boss - Pois mas a policia quis assim. Ate amanha
Sheriff - Ate amanha
15 setembro, 2006
Desemprego???
Uma das (poucas) coisas boas de andar a lamber classificados à procura de emprego é os momentos de pura diversão que a tarefa nos proporciona.
12 setembro, 2006
A cerveja do dia bebeu-se...
Na TASCA DO SHERIFF.
Magnifico ambiente à conversa (monólogo neste caso) com o barman. Música ambiente variada desde o jazz, o pop/rock internacional ou o relato do sporting. A casa esteve sempre muito movimentada e deu para sentir a frequente presença de habituées que, por entre conversas de ocasião, folheavam a imprensa diária e outra. Confrontados com a vertente self service do atendimento acabamos por nos exceder nas compras. Aconselhamos o six pack de super bock a 3.80€. As bonitas garrafas de tara perdida e a disponibilidade do sheriff permitem que o consumo se faça no local ou que se leve para consumir mais tarde. Uma vez que compradas à unidade (de 33 cl claro) as cervejas oscilam entre os 0.75 e os 0.80 outra boa opção são as garrafas de litro de Sagres a 1.60€. Isto claro se fores capaz de beber uma sagres quando a super bock esta logo ali. Se fores uma dessas pessoas modernas também encontrarás Tangos, Abadias, Bohemias, Pretas, Verdes ou refrigerantes com álcool. Estes últimos, contudo apresentam um preço proibitivo. (9/10)
Reflexão
Passado um ano é agora possível especular sobre o insucesso da aventura náutica do sheriff. Má gestão financeira e má gestão do tempo e dos horários. Há vicios que simplesmente se negam a abandonar o corpo de um homem.
11 setembro, 2006
Cartaz das festas
Sexta feira venham beber uma cerveja ao lagar com o sheriff e aproveitem e assistam a performace de monotallica, homenagem do nosso amigo monovolume à sua banda preferida. Não faço puto ideia a que horas começa mas façam como eu, jantem e apareçam. Queria por aqui o cartaz mas o que tinha extraviou-se. Sorry.
Depois, e se não houver nenhuma surpresa, mais ramboia só em outubro. Só assim de relance vamos ter dying dream + hardspeech + 17icos em três concertos, um em mafra na casa do povo, um no lotus em cascais e outro em local a anunciar, vamos ter hardspeech no culto, e há ai uma cena pensada para acontecer no sobreiro mas nao sei se sempre vai acontecer. Quem estiver interessado procure os gajos ai nos links.
O dia que mudou o mundo?
Exactamente há 5 anos o embate de dois aviões comerciais contra as torres do world trade center em Nova Iorque era noticia em todo o mundo. Mais tarde vir-se-ia a saber que era um atentado terrorista levado a cabo pela Al-Qaeda e que também incluiria um atentado ao pentagono e um outro que não conseguiu atingir o seu destino. Terrorismo, conspiração? Muitas são as teorias. E depois de 11/09? Supostamente este seria um dia que mudaria o rumo do globo segundo jornalistas, politicos, analistas... Para ti mudou? Para mim, a não ser que queira demagogicamente atribuir ao 11/09 a escalada do preço do petroleo, pouco mudou que pudesse atribuir a essa catastrofe. O mundo continua em guerra, com os vilões do costume. O papa morreu mas nem a epidemia da sida o convence a usar o preservativo. Também todos sabemos que os meninos não engravidam. A Europa continua a envelhecer e a caminhar para a asfixia dos sistemas de segurança social. Enquanto isso, na jovem África, onde a guerra e as condições de vida não permitem a longevidade europeia, poucos sabem o significado da palavra segurança e muito menos da palavra social. Enfim... A lista é interminável. Eu ousaria até dizer que, passado cinco anos do 11/09, é muito mais in discutir a hipótese de uma conspiração ou debater a ética de publicar as fotos dos "saltadores" das torres do que reflectir no que é o mundo depois do 11/09. O mundo em que vivemos, viciado pelo poder do capital, desprovido de valores humanistas e éticos.
Pois bem cinco anos depois o mundo não está nem melhor nem pior que cinco anos antes. Ou será que está?
03 setembro, 2006
Quando o telefone não toca - Histórias de uma cidade
O grupo reuniu-se à entrada do hotel. Fazia muito tempo que não se viam. Depois da formação profissional cada um tinha seguido o seu destino. Ele continuara a pensar nela, de tempos a tempos, mas não se sentia à vontade para se expor dessa forma. Afinal ambos eram casados. Quando se encontraram, ele teve dificuldade em falar. Ela estava simplesmente fabulosa. Seria possível ele ter-se esquecido de como ela era bela?
Todos concordaram que tinha sido uma excelente ideia proporcionar aquele reencontro. O organizador do evento não escondia o orgulho e o sorriso estampado no rosto fazia-o parecer mais novo. Ele, contudo, nem se apercebeu disso. Todos os sentidos estavam demasiado ocupados, instruidos pelo cérebro para se fixar nela. Os olhos seguiam-lhe os movimentos como os olhos de um falcão marcam a sua presa; o nariz absorvia aquele aroma doce e discreto próprio das deusas do seu imaginário; os ouvidos estavam alerta, perscrutando no frenesi de vozes misturadas, o som limpido e agudo das frases por ela proferidas; O tacto perdeu a sensibilidade quando ele lhe tocou as costas enquanto trocavam um cumprimento, os ombros descobertos envolveram as sua mãos e o registo ocupou toda a actividade cerebral por longos minutos; a boca salivava com a mesma intensidade com que o cerebro fazia intenção de beija-la.
Toda a noite a conversa foi formal. Falaram-se das perspectivas profissionais, do patamar de qualidade de vida alcançado, da vida familiar. Foi a conversa esperada de um grupo de pessoas cujas afinidades se prendiam com aspectos profissionais. Pessoas que conseguiram, no entanto, que a admiração entre elas pudesse crescer para uma sólida amizade. Contudo nunca houvera o tipo de intimidades com que ele sonhava à noite, quando a luz da mesa de cabeceira vizinha finalmente se apagava.
Ela mostrou intenção de deixar o hotel. Afinal de contas o marido tinha chegado para a levar de regresso a casa. Ele ficou infeliz. Ela era a principal razão porque ele tinha adiado a escritura da casa nova para estar ali.
Antes da despedida formal ela pediu-lhe o contacto telefonico. Naturalmente trocaram os numeros. A principio ele achou tudo isso normal. Afinal eles conheciam-se. Fazia todo o sentido trocar os contactos. Mas ela podia sempre ligar-lhe para empresa ou procurar o numero de casa nas listas telefonicas. Porque quereria ela o seu numero pessoal?
Ele aguardou por um telefonema que nunca chegou. Continua a espera. O reencontro acontece, anualmente, e ele, sempre, à espera que o telefone toque e seja dela, a voz no outro lado.
Amigo não é o que dá palmadinha nas costas...
... mas será que é o que te dá uma tareia? Para terem noção da verdadeira dimensão deste post releiam isto.
(Pseudo) Tecnico de Som - Então mano. Está quase na hora não é? Vou só beber mais uma destas.
Sheriff Esteves - Pois pah! Meia noite ja sabes a tasca fecha a porta.
Tecnico - Também preciso de ir descansar. Amanhã vou trabalhar e já fiz directa ontem a noite. Assim do nada apareceu um gajo a oferecer-me um convite para o aniversário do oiriço. Fui lá e tal.
Sheriff - E foi fixe?
Tecnico - Ya foi! Mas levei um enxerto dos antigos. Ainda estou todo dorido. Ontem apanhei a sério. Ainda tenho a cabeça a latejar.
Sheriff - Mas foi pessoal de lá ou de fora?
Tecnico - Ah não, foi um grande amigo meu. Mas eu estava a pedi-las. Apanhei mesma na cabeça. Tenho crânio todo dorido.
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