Já vi muitas manias de enfeitar os automóveis. Cada um com a sua e algumas que até viram moda. Como as bandeirinhas de portugal que pegaram moda no euro, ou aquela boneca que era o logotipo de uma disco de Ibiza colada na traseira do carro, ou o cachecol do clube amado estendido na chapeleira, ou o pequeno, ou nem tanto, peluche pendurado no espelho retrovisor, ou o autocolante com uma frase do tipo "movido a alcool? Só o condutor!", já vi cornos, ferraduras, patas de coelho, a nossa senhora, santinhos, anjinhos, termometros, protectores do sol com personagens da disney, etc, etc, etc. Atreveria-me a dizer que a imaginação dos condutores não me poderá nunca surpreender se hoje, lá na tasca, não tivesse ficado perplexo com um automovel cujo proprietario decidiu embelezar com um jacaré embalsamado colocado na chapeleira. Seria talvez um primo, um caimão, ou coisa que o valha. Estarão os mais atrevidos a pensar que se trataria de um imigrante brasileiro com saudade da sua amazônia. Puro engano. Pasmem-se. Era imigrante, sim, mas do leste da europa. A minha preocupação é se a moda pega. Viajar de automóvel já é assustador o suficiente mesmo sem termos de ir constantemente a olhar para a cabeça de um animal selvagem de olhos esbugalhados e boca entreaberta.
Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça.
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1 comentário:
Desde que o bicho esteja mesmo morto a coisa ainda vai,vamos que a moda pega e quem os não tiver mortos passa a andar, por exemplo, com aquelas iguanas horripilantes nas chapeleiras...
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