Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça.

19 abril, 2006

Conversa de Rua

Em Lx entre a Câmara municipal e a biblioteca...

Alberto, o angolano - Não como há 3 dias, durmo na rua, sou de angola, luanda, africa. Não sou gatuno, so quero alguma coisa para comer.

Sheriff Esteves - Olha não tenho dinheiro nenhum comigo (Era verdade). Não trabalhas?

Alberto - O patrão engana, o alberto trabalha e depois eles não pagam. Quero voltar para angola.

Sheriff - Então e na embaixada de angola não te ajudam.

Alberto - Esses pretos são macacos, não resolvem nada, dizem para passar la amanhã.

Sheriff - Tens de apertar com eles, eles têm de te ajudar

Alberto - Esses pretos são macacos, não resolvem nada, dizem para passar la amanhã. Durmo na rua.

Sheriff - Vais lá e pões-te a dormir lá na embaixada até resolverem o teu problema.

Alberto - Esses pretos são macacos, não resolvem nada, dizem para passar la amanhã.

Achei que a conversa não ia evoluir muito mais.

Sheriff - Pronto Alberto, preciso de ir. Boa sorte!

Alberto - Não como há 3 dias, durmo na rua, sou de angola, luanda, africa. Não sou gatuno, so quero alguma coisa para comer.

3 comentários:

Trilby disse...

Não que eu seja da opinião que não se deve ajudar desconhecidos ou que os pedintes andem todos a enganar os incautos, mas há alguns que vivem desse género de conversas e não há como os ajudar. Conheço um negro que me partiu o coração uma vez quando me mostrou uma receita médica de um anti-biótico para a qual não tinha dinheiro. Repetia que por ser preto não era ladrão nem drogado, não fazia mal a ninguém só queria algum dinheiro para comprar o remédio. Dei-lho, de coração partido, a maldizer a sociedade em que vivemos. Depois disso já o vi muitas mais vezes, umas vezes com a receita e a mesma conversa outras vezes só com a conversa.

Anónimo disse...

ké isso di andá a falá do alberto sóce??? olha keu xamo minha Crú pa te mandar xinada

armando s. sousa disse...

Não dúvido que na embaixada de Angola lhe digam isso, mas é indiscutivelmente verdade, que a conversa não ia a lado nenhum.
Um abraço