Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça.

20 dezembro, 2006

Então se não nos virmos... FELIZ NATAL!

A frase tipica na quadra natalicia, que já me vêm dizendo desde o meado do mês, é: Se não nos virmos, feliz natal. Pois na na maior parte dos casos é bem verdade, se eu e aqulas pessoas não nos virmos será um natal muito mais agradável. Até digo mais, se não nos virmos nunca mais será ainda melhor!

Prenda de Natal antecipada

Os meus grandes amigos da DGV, sempre prontos para me darem um docinho nos momentos de festa, fizeram a gentileza de decidir a favor do pagamento da minha multa em prestações de 50 euritos mesmo nas vesperas da época natalicia. Vai ser bom passar o natal tranquilo e entrar o ano com a certeza que vou finalmente pagar a coima durantes os primeiros cinco meses de 2007. Mas como eles são grandes não se ficaram por aí. Preocupados, creio eu, com o meu cansaço, impuseram-me a inibição de condução pelo período de 30 dias. Eu imagino a dificuldade que deve ter sido, não sendo eu um condutor reincidente, aprovar esta medida. Mas o mesinho de ferias vai saber que nem ginjas.

11 dezembro, 2006

Queres fiado, dado e arregaçado? ...

Cliente estrabico - Boa tarde, olhe eu conheço muito bem o patrão e queria pedir-lhe para me deixar pôr 5 euros de gasoleo que eu depois vinha ca pagar, eu sou ali da ericeira e deixei a cateira em casa, ate se sou apanhado pela policia e uma carga de trabalhos...

Sheriff Esteves - Olhe eu posso desenrasca-lo mas vc tem de deixar qualquer coisa, o telemovel ou assim...

Cliente - Pois mas o seu patrão ja uma vez me deixou, deixei so a matricula...

Sheriff - Pois mas eu não sou patrão e as instruções que tenho são claras como agua, se eu lhe fiar os cinco euros e você não vier pagar eles têm de sair do meu bolso. Espero que entenda, se deixar cá alguma coisa eu desenrasco-o.

Cliente - Vou ver ali ao carro... (vai ao carro e volta com um cartão muito velho na mão onde se pode ler Policia de Segurança Publica) Só se eu deixar este cartão.

Sheriff - Temo que não me tenha entendido. Ou deixa cá alguma coisa de valor ou eu não o desenrasco, deixe os óculos escuros

Cliente - Mas os óculos fazem-me falta...

Sheriff - Ou o telemovel.

Cliente - O telemovel tem numeros importantes, e se eu lhe deixar a bateria?

Sheriff - Ouça lá, eu não tenho interesse nenhum em fiar-lhe. Você é que tem de arranjar uma solução. Ou você está disposto a deixar cá alguma coisa de valor que me dê uma garantia que você volta cá para saldar a divida ou vai a outro lado pedir para lhe fiarem, ok?

Cliente - Ok, obrigado na mesma, adeus.

Ausencia

Este mês é tradicionalmente problematico, nas vésperas da altura de fazer o balanço de mais um ano muitas poderiam ser as explicações da ausencia, de quase um mes, de um sheriff da sua cidade. Poderiam ser as tentativas de agressão, os insultos, a injuria, as ameaças que o tivessem obrigado a esconder. A pressão psicologica de uma vida sheriff que celebra 28 anos de rumo incerto teimosamente escolhendo os caminhos, à partida, indesejados. A escravidão pelo trabalho que priva o ser humano do mais importante que a vida pode oferecer: o ócio e deleite pelo prazer. Seja qual for o motivo esta ausência é pontual e não é motivo para mudarem a vossa residencia. Se aprenderem a ser pacientes, a procurar e voltar a procurar sem nada encontrar, um dia estarão mais perto de viverem no mesmo estado que o sheriff que aqui vos acolhe, e nesse dia vão estar mais perto de o conseguir entender. Continuem fieis a esta cidade, o sheriff aprecia a vossa vinda.

23 novembro, 2006

Internetionalização dos DD

Graças a um bravissimo trabalho de montagem do DJ Almeida, os Dying Dream chegaram ao Youtube. Pela primeira vez na grande montra da internet esses gajos. O sheriff também aparece nas fotos, felizmente, sempre em poses relativamente decentes. Felizmente os paparazzi andavam distraídos. Confiram o video aí no cine Olimpia, quem esteve lá vai gostar.

20 novembro, 2006

Sheriff salva vidas

Mas mesmo assim não recebe a exposição mediática de outros concidadãos. Depois de uma semana em que a filha da Filomena Félix (a.k.a Mena Féles) foi capa do correio da manhã graças aos seus portentosos 200 kg e que o José Bizarro foi entrevistado pela televisão por ter andado a transportar residuos mais ou menos tóxicos juntamente com produtos mais ou menos alimentares eis que o sheriff protagoniza algo de muito mais valioso mas sem o devido reconhecimento público.
Já o sporting tinha derrotado o maritimo por 1-0 quando um veículo entrou na perimetro da tasca em marcha de urgência. Um cliente soltou em tom de exclamação um "Qué isto, qué isto?". Quando verifiquei que se tratava de uma viatura do INEM o primeiro pensamento que me assaltou foi que se passaria algo de errado na outra tasca, do outro lado da cidade, e por engano o socorro se teria dirigido ali. Saí e o socorrista interpelou-me: "Por Favor, para ir para o milharado?". Apressei-me a sar as direcções certas ao motorista que logo arrancou a alta velocidade. Se uma vida foi salva naquela noite no milharado muito podem agradecer ao sheriff que, sempre prestável, foi lesto em indicar o bom caminho aos socorristas do INEM. Um herói no anonimato. Ah! E dos que não usam collants nem lycras. Mas o importante é perguntar-mo-nos por que raio é que uma viatura de emergencia do INEM não está equipada com um GPS. Calculo que cada carro de ministro tenha o seu garmin topo de gama mas os gajos do INEM só tem de salvar vidas, isso não é suficiente para justificar um GPS nessas viaturas. Querem um conselho? Se estiverem a prever uma paragem cardiaca ou coisa que o valha desloquem-se para um grande centro urbano.

13 novembro, 2006

O homem do talho tem pés de porco

Sheriff Esteves - Vê lá se sabes esta: Tu és meu filho mas eu não sou teu pai, quem é que eu sou?

Empregado de armazem - Errrh!! É pá não sei!

Sheriff - Então, sou a tua mãe.

Emp. Armazem - AH! Pois é, pois é. Espera ai que vou fazer ali aquele. Ó pá... Tu és meu filho mas eu não sou teu pai, quem é que eu sou?

Emp. Limpeza - Ah, eu já sei essa, já me fizeram...

Emp. Armazem - Então quem é que eu sou?

Emp. Limpeza - Espera aí, estou a ver se me lembro... Ah já sei, já sei, és o Homem do talho!

Na realidade eu não sei se o homem do talho tem pés de porco, porque ele está sempre de sapatos calçados, mas uma coisa descobri: O empregado de limpeza é filho dele!

08 novembro, 2006

Passageiro Clandestino

É do conhecimento geral que o sheriffmobile é um veículo versátil e cheio de tecnologia. É verdade que a máquina tem truques que até o seu mestre desconhece. Hoje o sheriffmobile miou. Para que raio quero eu um carro que mie? Pensei eu enquanto comprava mais uma peça do comboio electrico do 24 horas. Isto era para ser um post curto mas esta última frase obriga-me a pelo menos três reparos para que a imagem do sheriff não fique manchada: 1. Estou a coleccionar o comboio do 24 horas porque o meu estatuto profissional permite que adquira as peças sem comprar o jornal. 2. Estou a coleccionar o comboio do 24 horas porque vou ser pai de um rapaz, alem de que todos sabemos que os comboios electricos, assim como as mamas (talvez devesse escrever seios, sempre é menos técnico e de vez em quando fica bem escrever com mais classe) das senhoras, apesar de inventados a pensar nas crianças são sempre os adultos que acbam a brincar com eles. Desta forma vou ter um comboio electrico e tenho uma desculpa válida. 3. A minha memória está a piorar. Esqueci-me do terceiro reparo que tinha de fazer. Se me lembrar entretanto ainda incluo.
Voltando ao sheriffmobile, parece que fiz varios quilometros com o mianço em alto som. Não sei precisar porque o volume do som que auto-rádio debitava não me permitia ouvir mais nada. Quando parei ouvi miar claramente. Só me apercebi que era o sheriffmobile quando os transeuntes se começaram a acercar do carro. Voltei a pensar: (ando a pensar demais, como me disse uma amiga devia agir mais e pensar menos) andam esses gajos do tuning a gastar rodos de dinheiro em alterações foleiras nas pandeiretas para chamar a atenção e um simples mianço de origem faz o dobro do efeito. Assim que terminei a compra e voltei ao meu automobile achei que a malta ja estava a exagerar. Debruçavam-se sobre o carro, espreitavam para o interior, escorregavam por debaixo do motor armados em mecânicos. Mas afinal qual é o problema? Perguntei eu indignado. Depressa percebi que afinal o mianço devia-se a um minusculo felino que, clandestinamente, tinha vindo de boleia. Usando a pericia que o treinamento para sheriff exige, numa operação relampago resgatei o gatito. O ingrato assim que colocou as patas em terra firme pirou-se. Não há reconhecimento para o mérito de um sheriff neste mundo. Paciência!
Um raparo final, não é aquele que me esqueci, é outro: A palavra sheriffmobile, ao contrário do que muita gente pensa, não deriva de batmobile mas sim de playmobile. Fica dado o esclarecimento.

Canção do bandido (1 centimo é 1 centimo)

Quando vi que o fulano abasteceu 20 euros torci o nariz. Desconfiei! Não é que eu seja desconfiado mas os clientes que sempre abastecem 5 euros, quando se excedem deixam-me sempre de pé atrás. Quando o vi de um lado para o outro dentro do carro percebi que ia ter uma situação para resolver, por sinal, das que mais odeio. O gajo entrou:
Bombeiro Teso - Boa noite! (Estendeu-me a mão. Aqui desfiz as minhas duvidas, um gajo que nunca te estende a mão quando o faz é sempre para te pedir alguma coisa)
Sheriff Esteves - Boa noite... (Respondendo a mão esticada com um aperto)
Bombeiro - Estou com um problema...
Sheriff - Isso é que é pior. Então o que é que se passa?
Bombeiro - Deixei a carteira em casa e é assim ou venho cá amanhã ou então vamos ficar aqui toda a noite...
Sheriff - Desculpe? Toda a noite?
Bombeiro - Sabe o que é, eu pensava que tinha o cartão comigo, eu tenho ali dinheiro no carro mas são moedas de dois e um centimos.
Sheriff - Você é que sabe, eu não me importo que pague com esse dinheiro, mas se prefere deixe alguma coisa comigo e paga-me depois.
Bombeiro - Pois mas vai demorar sabe...
Sheriff - É como lhe digo, eu aceito o pagamento com as moedas, mas se quiser vai buscar a carteira.
Bombeiro - Pois mas eu moro longe
Sheriff - Ou se quiser deixar um valor passa por cá amanhã e paga, Tem é de deixar alguma coisa.
Resignado o fulano voltou ao carro e trouxe um pequeno cofre. La estive mais ele a contar 20 euros em moedas de dois e um centimos. Acreditem que é um volume considerável. As pessoas têm muita lata e não sei o que as vezes pensam. Outro fulano tinha la na tasca uma divida desde o principio do verão. Foi com uma colega. Deixou lá trinta euros para pagar e o seu bilhete de identidade com a boa fé da colega. A primeira vez que fez intenção de pagar, alguns meses depois de contrair a divida, apareceu com um cheque de 300 euros. Lá conseguiu um adiamento. Evidentemente ninguém no seu perfeito juizo vai aceitar que um gajo que anda há meses a dar o calote pague 30 euros com um cheque de 300, e arriscar que o cheque bata na trave. A segunda vez apareceu-me lá mesmo no inicio do turno com uma nota de 500 euros. Teve azar que a gerente ia mesmo a sair e, mesmo contrariada, voltou atrás para trocar a nota. Eu percebo que muita malta anda com a corda na garganta mas se querem dar o calote abasteçam e ponham-se a andar. Uma fuga quem quiser que resolva. Agora tirar partido da amabilidade dos caixas porque pensam que vamos ser anjinhos, é que já não vamos.

Cartaz das Festas

Este fim de semana vamos ter o Roger, o Skate e mais um terceiro interveniente, que eu não conheço, no moinho em S. Julião. Não sei como eles se auto intitulam mas vai ser uma noite de Hip Hop, Beat Box e essas coisas que os miudos ouvem hoje em dia. Vou passar por lá porque ouvi dizer que estes meninos deram cartas no lagar no dia da performance do D-Kid. A conferir.
No sábado matiné heavy metal com o monovolume a brindar-nos, desta vez, com uma homenagem aos Iron Maiden. Espera-se que desta vez não haja vizinho que estrague a festa. É no Lagar às 16 horas.

02 novembro, 2006

A filha do peixeiro engordou

A filha do peixeiro engordou e engordou muito. Nem o facto de continuar a vestir as roupas de quando era anoretica disfarça o facto. Sempre suspeitei porque é que todos aqueles doces que ela comprava não maculavam a sua elegancia. Tenho uma teoria! A filha do peixeiro deve ser como um automóvel que eu tive. Andava quilómetros sem baixar o ponteiro do combustível mas quando o baixava pela primeira vez dava um pulo quase para meio deposito.

01 novembro, 2006

Um olho no Burro outro no cigano

Se aqui estivesse um rapaz que foi meu colega de escola quando acabei o 12º tinhamos já uma discussão. Ele diria: Atenção às expressões é preciso não generalizar. Mas o titulo aplica-se perfeitamente à situação como vão ver adiante.
Desde ontem que a minha vida profissional na tasca tem sido assolada por situações pouco usuais. Se eu fosse da opus day diria que andaria a ser tentado pelo mafarrico mas como perdi as minhas crenças algures no tempo o meu cepticismo não me deixa encará-las como mais do que frutos do acaso.
Para começar ontem, primeiro encontrei um envelope cheio de dinheiro e, segundo, uma das minhas colegas deixou uma saida de caixa fora do abrigo do cofre. Se nestas alturas não me viesse um assolo de honestidade, do qual desconheço a origem, teria metido ao bolso mais de 500 euros. A saida de caixa depositei-a no cofre. Aquela saida de caixa desaparecer seria o suficiente para ela ir para o olho da rua, começou ha meia duzia de dias e não está propriamente a causar uma excelente impressão. O dono do envelope entrou esbaforido pela tasca dentro a ser insultado pela companheira (nunca pensei que uma criatura tão pequena conseguisse fazer um escandalo tão grande), os dois completamente desaustinados. Não imaginam como o meu simples gesto de entregar envelope transformou aquela berraria num silencio muito calmo. Ás vezes dou por mim a desejar ser um pulha...
Hoje pensei: vai ser um dia calmo. Assim que cheguei o patrão começou logo com as coisas dele, que eu tinha gasto muitos sacos na noite anterior, e que não aponto as faltas, e que devia tentar impingir latas de óleo de 5lt porque as de 2lt estavam esgotadas. E não é que logo a seguir veio um fulano pedir uma lata de óleo de 2 lt. Passam dias sem vender uma lata de óleo... Nunca tiveram a sensação de estarem a ser seguidos? Escusado será dizer que não conseguio vender nada ao gajo. Logo a seguir um fulano perdeu uma nota de 5€. Pareceu-me ver outro cliente a "encontrá-la" mas não tinha a certeza e tive de me calar (é quando vejo estes gajos safarem-se melhor na vida que me dá vontade de ser um crápula). Então o gajo vira-se para mim a perguntar se eu não me tinha enganado a dar-lhe o troco. Eh pá! Tenham dó. Hoje é feriado, não basta ter de estar aqui ainda tenho que estar a levar com isto?
Começo a pensar que ando a ser testado. Parece que o cliente mistério do horizonte dois mil e qualquer coisa (programa da repsol que visa a excelencia no atendimento ao publico) está mais requintado.
Entretanto chega um bólide com uma familia de ciganos. Como devem calcular a lotação do automóvel está para lá de lotada. Dois casais a sua extensa prole. Metade do maralhal entra na loja e a tasca fica também de lotação esgotada. Deu-me um feeling de que ia haver merda. Não sei porquê. Recebo com a mesma humildade, simpatia e profissionalismo qualquer pessoa e não faço juizos de valor antecipadamente, mas algo me disse que iria acontecer alguma coisa. Não foi preciso esperar muito porque assim que entraram uma pirralha agarrou uma caixa de bolachas e arrancou porta fora. Disse ao gajo: Vou cobrar mais uma caixa de bolachas que a sua filha levou. O gajo começou a fazer-se desentendido, fez ar de indignado, perguntou à filha que negou peremptoriamente. Agora já era mais que um feeling. Tinha a certeza que ia haver merda. Insisti com o gajo e disse-lhe: Veja lá no carro se não tem lá uma caixa de bolachas. O gajo foi e pensei agora arranca e fico apeado mas vou fazer o que? PIOR! Deixou os familiares mais bem constituidos fisicamente para tras. Quando equacionava quais eram os cenarios possiveis para o desfecho da contenda vejo o gajo voltar com a caixa na mão e a dar tabefes na pirralha. Fez o papel dele que não tinha visto nada, pediu desculpa, distribuiu mais um par de estalos à filha. Por fim comprou as bolachas e seguiram viajem. Espero que agora, durante a segunda metade do trabalho, a malta fique em casa a ver a bola e eu tenha uma noite mais tranquila.

31 outubro, 2006

The DGV experience

Em consequencia do processo, auto ou como lhe queiram chamar, que carrego às costas desde que me agrafaram, voltei este mês às instalações da Direcção Geral de Viação, sitas em Lisboa logo ali ao lado da embaixada angolana.
O que acontece é que há uns meses fiz o pedido para pagar a multa em 5 prestações de 50 €. Carimbaram-me a guia que substitui a carta, que está na posse da DGV, com validade até 31 de Outubro. Há sensivelemente 15 dias fui à DGV para saber o que se passava uma vez que o prazo já estava a terminar e ainda não tinha sabido nada. Fiquei a saber que só lá para Dezembro é que me deviam dizer se aprovavam o "crédito" ou não, que a 15 dias do fim do terminus da validade da guia ainda era muito cedo para voltar a carimba-la com extensão da validade e que tinha de apresentar o comprovativo como tinha requerido pagamento a prestações. Voltei lá hoje e um outro funcionário sem proferir uma palavra, sem pestanejar, sem exigir um unico documento senão a guia acrescentou validade à dita até 30 de junho de 2007. Estive 2 horas à espera para resolver um problema em 45 segundos. Quando perguntei se ainda iria passar muito tempo até saber se podia ou não pagar em prestações o senhor encolheu os ombros e sorriu levemente. Acho isto fantastico, vocês não?

29 outubro, 2006

DESABAFO!

Eu odeio que me interpelem assim: Oh chefe! Não é chefe é sheriff.

18 outubro, 2006

A culpa é do sheriff!

Cliente - Boa noite, é um filtro se faz favor.

Sheriff - Aqui tem, sao 2.75.

Cliente - Recomecei a fumar por sua culpa!

Sheriff - Minha?

Cliente - Sim, sua! Andava a fumar uma cigarrilhazita dessas cafe creme de vez em quando, outro dia você não tinha levei o filtro. Agora recomecei a fumar.

Sheriff - Ah pois. Então tem de voltar as cigarrilhas.

Cliente - Pois mas agora é um caso sério deixar estes, e a culpa é sua. Até amanhã, boa noite.

Sheriff - Obrigado. Boa noite!

14 outubro, 2006

Dying Dream @ Casa do Povo de Mafra

HARDSPEECH @ Casa do Povo de Mafra

Preguiça

Quando era chavalito a minha avó dizia-me sempre qualquer coisa como: a preguiça morreu de sede porque sentada perto do rio teve preguiça de se levantar. Era a forma de ela me chamar preguiçoso. É por isso que não tenho actualizado o blog. PREGUIÇA!

03 outubro, 2006

CLONAGEM: A verdadeira ameaça

Circula o seguinte texto pela internet, sobretudo, por email:

Para conhecimento e divulgação
( VEM DO BANCO DE PORTUGAL ) Acabamos de receber um alerta da Caixa Central. Estão a ser detectadas cópias de cartões multibanco a um ritmo assustador. A maior parte delas em estações de serviço (empregados espertos). Desconfiem assim que o funcionário do estabelecimento comercial vos pedir para passarem o cartão em 2 máquinas POS diferentes. A primeira é um gravador que lê a banda magnética e o respectivo PIN do vosso cartão. Vão passando a palavra.
Eu agradeço o elogio que nós, empregados de estações de serviço, somos gajos espertos. No entanto espertos não significa que sejamos criminosos nem aldrabões. Neste caso é o que se dá a entender. É muito fácil atirar assim para o ar, indiferente à possibilidade de pagar o justo pelo pecador, que são feitas cópias de cartões MB a um ritmo assustador, a maior parte delas em estações de serviço. Seria muito mais interessante identificarem onde e quem. Ah! Se calhar não foram capazes disso. Pois é, os todos e poderosos bancos, que cobram fortunas pelos seus cartões, não são capazes de garantir a segurança do sistema. Temos pena. Mas pelo menos alertam para os prevaricadores, esses gajos, os empregados das estações de serviços, esses ases do crime organizado, essa máfia.
Na tasca do sheriff existem duas máquinas POS (até são 3) ou lá como é que isso se chama. Porquê? Porque ou não há rigor no fabrico dos cartões ou os utilizadores não tomam os devidos cuidados com a preservação dos mesmos e algumas vezes a consola principal não consegue fazer a leitura das bandas magnéticas. Nesse caso usa-se a outra que, por qualquer razão que só os técnicos saberão explicar, não é tão exigente. Já estou a ver os clientes emproados, aqueles que acham que o mundo pára só para os ver passar, aqueles que acham que o sol brilha mais forte para eles, armar-se em parvos nestas situações só porque o amigo lhe mandou um email a dizer que andam a clonar cartões MB. Eu sinceramente não percebo muito bem o pânico das pessoas. Andam a clonar cartões? E o que é que eu tenho a ver com isso? O banco só tem de me devolver o dinheiro e arranjar maneira de tornar a coisa segura.

02 outubro, 2006

Precisa-se empregado(a)

Abriu uma vaga na tasca do Sheriff! Sosseguem. Ainda não foi desta que me demiti. Uma colega vai ter bebé e vai ser preciso alguém para a substituir durante uns meses. Alguém interessado é só lá ir e pedir a ficha de inscrição. É a essa ficha de inscrição que se deve este post. Desde que ando com mais sensibilidade para estas questões do emprego há pormenores que me surpreendem e fascinam. Voltando à ficha de inscrição, é um questionário simples para uma tarefa simples. Dados pessoais, experiencia profissional, conhecimentos de informatica, disponibilidade para trabalhar aos fins de semana e por turnos, esse tipo de coisas. No entanto nos dados pessoais há um pormenor delicioso. Às páginas tantas pergunta-se ao candidato a HORA DE NASCIMENTO! Eu entendo que na altura de contratar seja interessante conhecer a faixa etaria do candidato. Um entrevistador, uma vez, disse-me claramente que preferia escolher pessoas mais velhas e de preferência com familia porque se revelavam mais responsáveis, porque não abandonam o barco de uma hora para outra. Na altura achei que era um indicador pouco seguro e tendencioso mas tudo bem. Acabei mesmo por não ser contratado. Mesmo depois desta experiência não consigo atingir no que é que a hora de nascimento pode influenciar na escolha de um candidato ou que tipo de informação é que adiciona à avaliação do entrevistador. Mas aposto que numa qualquer cadeira de faculdade com um nome perto de psicologia do trabalho alguém escreveu e publicou um fabuloso artigo sobre esta matéria. Da mesma maneira que estou convencido que o responsável pela gestão dos recursos humanos lá da tasca frequentou essas aulas.

29 setembro, 2006

MHC a jogar em casa

Grande festa em perspectiva. APAREÇAM!

27 setembro, 2006

Pensamento para hoje (só para hoje)

Atrás de um grande Sheriff está sempre uma grande SHAREEFA!

26 setembro, 2006

Para começar Outubro em grande...



MHC enfrenta MSHC no terreno do adversário. Hasta la vitoria, siempre...

21 setembro, 2006

Mais uma da tasca...

Gaja com ar de janada - Boa noite. Tem tabaco de enrolar?

Sheriff Esteves - Boa noite. Tenho Aguia, Samson, Drum, Detroit e Amsterdammer.

Gaja - Quero uma onça de detroit e papel.

Sheriff - As mortalhas são de quais. Smoking?

Gaja - Detroit.

Sheriff - Não tenho só tenho smoking e drum?

Gaja - Não tem detroit?

Sheriff - Não! Tenho Smoking pretas, vermelhas e azuis e drum.

Gaja - Mas se tem tabaco detroit porque nao tem papel detroit?

Sheriff - Ha pouca gente que procura, acho que e por isso.

Gaja - Mas se vende tabaco detroit tem de vender papel detroit. Porque não tem?

Sheriff - Olhe não sei explicar ao certo mas não tenho. Isso são assuntos da gerência.

Gaja - (Em silencio olhava-me nos olhos como se eu tivesse a guardar as mortalhas detroit todas para mim)

Sheriff - Vai levar mortalhas?

Gaja - (Pagou em silencio , foi-se embora e não levou mortalhas)

Mono'Tallica @ Lagar

17 setembro, 2006

Promiscuidade? Os media ao serviço das forças da ordem.

Cliente Habitual - Então sheriff, assaltaram a tasca?

Sheriff Esteves - Não sei de nada... (As regras de segurança aconselham a não se fazer publicidade dos assaltos)

Cliente - Mas vem no CM de hoje. Tem foto da tua colega e tudo.

Sheriff - Ah é deixa-me ver! Cá está... Foi apenas uma tentativa. Os gajos estavam a enfiar os passa montanhas na cabeça ali a frente do stand mas um gajo topou-os e deu o alerta. Nem chegaram a estar aqui. Os chuis vieram rapido e os gajos deram de sola. Eu já sabia.

Cliente - Vieram rápido? Imagino!

Sheriff - Vieram, vieram!

(Entra o Boss)

Sheriff - Então a sua empregada apareceu no jornal?

Boss - Pois foi. Foi a policia que quis chama-los. Para escreverem no jornal que eles actuaram rápido e evitaram o assalto.

Sheriff - Ah foi? Também devia ter chamado os jornalistas quando fui assaltado. Para escrever que os chuis deixaram os gajos fugir quase nas barbas deles. Então e as recomendações de segurança? Não é suposto não fazer grande publicidade disto?

Boss - Pois mas a policia quis assim. Ate amanha

Sheriff - Ate amanha

15 setembro, 2006

Desemprego???

Uma das (poucas) coisas boas de andar a lamber classificados à procura de emprego é os momentos de pura diversão que a tarefa nos proporciona.

12 setembro, 2006

A cerveja do dia bebeu-se...

Na TASCA DO SHERIFF.

Magnifico ambiente à conversa (monólogo neste caso) com o barman. Música ambiente variada desde o jazz, o pop/rock internacional ou o relato do sporting. A casa esteve sempre muito movimentada e deu para sentir a frequente presença de habituées que, por entre conversas de ocasião, folheavam a imprensa diária e outra. Confrontados com a vertente self service do atendimento acabamos por nos exceder nas compras. Aconselhamos o six pack de super bock a 3.80€. As bonitas garrafas de tara perdida e a disponibilidade do sheriff permitem que o consumo se faça no local ou que se leve para consumir mais tarde. Uma vez que compradas à unidade (de 33 cl claro) as cervejas oscilam entre os 0.75 e os 0.80 outra boa opção são as garrafas de litro de Sagres a 1.60€. Isto claro se fores capaz de beber uma sagres quando a super bock esta logo ali. Se fores uma dessas pessoas modernas também encontrarás Tangos, Abadias, Bohemias, Pretas, Verdes ou refrigerantes com álcool. Estes últimos, contudo apresentam um preço proibitivo. (9/10)

Reflexão

Passado um ano é agora possível especular sobre o insucesso da aventura náutica do sheriff. Má gestão financeira e má gestão do tempo e dos horários. Há vicios que simplesmente se negam a abandonar o corpo de um homem.

11 setembro, 2006

Cartaz das festas


Sexta feira venham beber uma cerveja ao lagar com o sheriff e aproveitem e assistam a performace de monotallica, homenagem do nosso amigo monovolume à sua banda preferida. Não faço puto ideia a que horas começa mas façam como eu, jantem e apareçam. Queria por aqui o cartaz mas o que tinha extraviou-se. Sorry.
Depois, e se não houver nenhuma surpresa, mais ramboia só em outubro. Só assim de relance vamos ter dying dream + hardspeech + 17icos em três concertos, um em mafra na casa do povo, um no lotus em cascais e outro em local a anunciar, vamos ter hardspeech no culto, e há ai uma cena pensada para acontecer no sobreiro mas nao sei se sempre vai acontecer. Quem estiver interessado procure os gajos ai nos links.

O dia que mudou o mundo?

Exactamente há 5 anos o embate de dois aviões comerciais contra as torres do world trade center em Nova Iorque era noticia em todo o mundo. Mais tarde vir-se-ia a saber que era um atentado terrorista levado a cabo pela Al-Qaeda e que também incluiria um atentado ao pentagono e um outro que não conseguiu atingir o seu destino. Terrorismo, conspiração? Muitas são as teorias. E depois de 11/09? Supostamente este seria um dia que mudaria o rumo do globo segundo jornalistas, politicos, analistas... Para ti mudou? Para mim, a não ser que queira demagogicamente atribuir ao 11/09 a escalada do preço do petroleo, pouco mudou que pudesse atribuir a essa catastrofe. O mundo continua em guerra, com os vilões do costume. O papa morreu mas nem a epidemia da sida o convence a usar o preservativo. Também todos sabemos que os meninos não engravidam. A Europa continua a envelhecer e a caminhar para a asfixia dos sistemas de segurança social. Enquanto isso, na jovem África, onde a guerra e as condições de vida não permitem a longevidade europeia, poucos sabem o significado da palavra segurança e muito menos da palavra social. Enfim... A lista é interminável. Eu ousaria até dizer que, passado cinco anos do 11/09, é muito mais in discutir a hipótese de uma conspiração ou debater a ética de publicar as fotos dos "saltadores" das torres do que reflectir no que é o mundo depois do 11/09. O mundo em que vivemos, viciado pelo poder do capital, desprovido de valores humanistas e éticos.
Pois bem cinco anos depois o mundo não está nem melhor nem pior que cinco anos antes. Ou será que está?

03 setembro, 2006

Quando o telefone não toca - Histórias de uma cidade

O grupo reuniu-se à entrada do hotel. Fazia muito tempo que não se viam. Depois da formação profissional cada um tinha seguido o seu destino. Ele continuara a pensar nela, de tempos a tempos, mas não se sentia à vontade para se expor dessa forma. Afinal ambos eram casados. Quando se encontraram, ele teve dificuldade em falar. Ela estava simplesmente fabulosa. Seria possível ele ter-se esquecido de como ela era bela?
Todos concordaram que tinha sido uma excelente ideia proporcionar aquele reencontro. O organizador do evento não escondia o orgulho e o sorriso estampado no rosto fazia-o parecer mais novo. Ele, contudo, nem se apercebeu disso. Todos os sentidos estavam demasiado ocupados, instruidos pelo cérebro para se fixar nela. Os olhos seguiam-lhe os movimentos como os olhos de um falcão marcam a sua presa; o nariz absorvia aquele aroma doce e discreto próprio das deusas do seu imaginário; os ouvidos estavam alerta, perscrutando no frenesi de vozes misturadas, o som limpido e agudo das frases por ela proferidas; O tacto perdeu a sensibilidade quando ele lhe tocou as costas enquanto trocavam um cumprimento, os ombros descobertos envolveram as sua mãos e o registo ocupou toda a actividade cerebral por longos minutos; a boca salivava com a mesma intensidade com que o cerebro fazia intenção de beija-la.
Toda a noite a conversa foi formal. Falaram-se das perspectivas profissionais, do patamar de qualidade de vida alcançado, da vida familiar. Foi a conversa esperada de um grupo de pessoas cujas afinidades se prendiam com aspectos profissionais. Pessoas que conseguiram, no entanto, que a admiração entre elas pudesse crescer para uma sólida amizade. Contudo nunca houvera o tipo de intimidades com que ele sonhava à noite, quando a luz da mesa de cabeceira vizinha finalmente se apagava.
Ela mostrou intenção de deixar o hotel. Afinal de contas o marido tinha chegado para a levar de regresso a casa. Ele ficou infeliz. Ela era a principal razão porque ele tinha adiado a escritura da casa nova para estar ali.
Antes da despedida formal ela pediu-lhe o contacto telefonico. Naturalmente trocaram os numeros. A principio ele achou tudo isso normal. Afinal eles conheciam-se. Fazia todo o sentido trocar os contactos. Mas ela podia sempre ligar-lhe para empresa ou procurar o numero de casa nas listas telefonicas. Porque quereria ela o seu numero pessoal?
Ele aguardou por um telefonema que nunca chegou. Continua a espera. O reencontro acontece, anualmente, e ele, sempre, à espera que o telefone toque e seja dela, a voz no outro lado.

Amigo não é o que dá palmadinha nas costas...

... mas será que é o que te dá uma tareia? Para terem noção da verdadeira dimensão deste post releiam isto.

(Pseudo) Tecnico de Som - Então mano. Está quase na hora não é? Vou só beber mais uma destas.
Sheriff Esteves - Pois pah! Meia noite ja sabes a tasca fecha a porta.
Tecnico - Também preciso de ir descansar. Amanhã vou trabalhar e já fiz directa ontem a noite. Assim do nada apareceu um gajo a oferecer-me um convite para o aniversário do oiriço. Fui lá e tal.
Sheriff - E foi fixe?
Tecnico - Ya foi! Mas levei um enxerto dos antigos. Ainda estou todo dorido. Ontem apanhei a sério. Ainda tenho a cabeça a latejar.
Sheriff - Mas foi pessoal de lá ou de fora?
Tecnico - Ah não, foi um grande amigo meu. Mas eu estava a pedi-las. Apanhei mesma na cabeça. Tenho crânio todo dorido.

28 agosto, 2006

Domingo na tasca

Latifundiário Abastado - (Colocando duas revistas de conteúdo erótico em cima do balcão) Vê lá quanto é que são estas duas revistas.

Sheriff Esteves - São 13.60€ se faz o favor!

Latifundiário - Vou levar isto para dar ao vaqueiro. A ver se ele se anima e me deixa as vacas em paz....

26 agosto, 2006

Na tasca....

Motard desconfiado - Boa noite! Ainda posso abastecer?
Sheriff esteves - (atarefado com as tarefas de fecho da tasca) Pode com multibanco. Faz a operação naquele terminal junto à bomba 3. Depois da meia noite as bombas funcionam com multibanco.
Motard - Obrigado!
(Pouco depois o motard volta)
Motard - Olhe não posso pagar-lhe a si? Sabe o que é? Com as noticias que deram sobre estes terminais para abastecer um gajo não sabe o que esperar.
Sheriff - Só em dinheiro que já fechei o terminal aqui de dentro.
Motard - Pois, mas sabe o que é, andam aí a fazer clones de cartões multibanco...
Sheriff - Claro, claro! E não sou eu que lhe vou garantir que essa maquina não foi violada. Pode abastecer e pagar-me em dinheiro.
Motard - Ok! Obrigado . A máquina multibanco está a funcionar?
Sheriff - (Incredulo) Penso que sim!
(O motard dirigiu-se à máquina atm, fez um levantamento, abasteceu e pagou)
Motard - Pois um gajo não pode arriscar.
Sheriff - (Ainda incredulo) Claro, claro!
Era lindo que alguém tivesse dado um laço libanês naquele atm. Mas as pessoas são mesmo estúpidas ou quê??

Tasca cash converter

Hoje cheguei à conclusão que o negócio que melhor coabita com um posto de abastecimento combustiveis é uma loja de penhores. Insistem nas mercearias, mecânicos, restaurantes de fast food, etc mas uma loja de penhores seria o maior sucesso. Hoje fiz o inventário dos artigos que estão na tasca à espera que os respectivos donos saldem as suas dividas para os reaver. Aqui vai:
- 1 Telemovel Sony Ericsson - Divida 5 €
- 1 Relógio de pulso Casio - Divida 20 €
- 3 Bilhetes de identidade - Dividas 10 €; 15 € e 30 €
- 1 Cartão de eleitor - Divida 10 €
- 1 Carta de condução - Divida 17 €
A gerência fez o ultimato! Os fiados são responsabilidade do funcionário que fia. E prometeu uma máquina para tirar o combustivel de dentro do tanque dos clientes. Agora é que isto vai ser divertido.

25 agosto, 2006

Nunca digas nunca!

Nuncas que eu disse:

Nunca vou ter saudades da salsicharia.

Nunca vou trabalhar aos feriados e fins de semana.

Nunca vou ser pai.

Falar é fácil.

Ciências inexactas


Passei dois dias no novo emprego a navegar na internet. Não com propósitos profissionais. Apenas não havia nada para fazer. Ás vezes quando me lembro dos 6 anos que passei na salsicharia sinto que há pessoas que deviam sentir-se ofendidas e ultrajadas com a vida profissional de algumas outras, incluido a minha.
Num site ou blog, que ja nem me lembro qual, alguem dizia que o exercicio de memorização exigido a um estudante de direito acabaria por se revelar inutil se a lei fosse revogada. É assim que me sinto. Mas por que raio é que me andaram a impingir na escola que plutão era o último planeta do sistem solar se afinal agora chegaram à conclusão que é um planeta anão que nem tem direito a jogar na primeira liga? Quando eu era adolescente passava muitas vezes numa rua de lisboa que tinha um graffiti que dizia: Everything you know is wrong. Sempre me senti assim perante a ciência. Isto de ser céptico não funciona só com a politica e a religião. Talvez por isso numca tenha podido me apaixonar por ela.

Pasmem-se... Sobre TV

Claro que só podia ser sobre o house, pouco mais vejo na TV.

Simplificando os diálogos porque não consigo reproduzi-los na integra:

- Mas House a miuda está a morrer!

- Todos estamos a questão é saber quando.

E não é que se soubessemos tudo faria mais sentido??

22 agosto, 2006

Novo Blog

http:\\instintopaterno.blogspot.com

Certamento algo diferente do que estão habituados mas passem por lá.

21 agosto, 2006

O ultimo capitulo de uma semana HardCore

Qaundo acordei, demorei a perceber onde estava. Demorou alguns segundos até reconhecer o cockpit do sheriffmobile. O sinal de modo de economia activado indicava que tinha adormecido com o a bateria do bólide a trabalhar. Talvez para ouvir música. Ou para manter a luz acesa. O esforço possível não me permitia recordar porque estava ali. As migalhas no meu colo davam uma pista. Pelo menos saciei a minha fome. Estaria estado sempre sozinho? Acredito que sim. Ultimamente não tenho convivido com pessoas capazes de me abandonar. O mesmo será dizer que passo muito mais tempo sozinho. Aos poucos, na mesma medida que o calor se tornava insuportável, encarei a realidade. Rodei a chave, o motor roncou. Consegui finalmente localizar-me no tempo. 12:00! Só podia ser Sábado. Em nenhum outro dia da semana me poderia dar ao luxo de não saber onde estava ao meio dia. Faltava localizar-me no espaço. Quando ergui os olhos para o horizonte o espanto não poderia ser maior. Não me encontrava à beira de uma falésia, nem perdido numas dunas, nem embrenhado numa floresta. Não estava em nenhum lugar paradisiaco daqueles em que se deseja acordar. O frenesi das pessoas era grande. A indumentaria denunciava a condição de banhistas que ultimavam os preparativos para descer as arribas em direcção à praia. Aos poucos reconheci o atlântico ao fundo e as cores verde e amarelo do logotipo da BP em primeiro plano na frente dele. Ironico ou talvez não perder-me na tasca de outro.
Assim que fiz intenção de avançar com o carro, um turista acompanhado da sua prole, gesticulava na minha direcção. Admito que ele tivesse proferido algumas frases de aviso mas o volume do auto-rádio hipotecou as minhas hipótese de o ouvir. Contudo, algo me fez parar. A minha visão ainda estava turva. Lembrei-me, então, que me faltavam os óculos. Imaginei como duro seria a vivência dos nossos antepassados que não puderam usufruir da evolução técnica que nos proporciona todos estes artefactos protésicos. Imaginei o pneu do veículo a esmagar a frágil armação. Saí. Corri em volta do carro que nem um louco. Finalmente o homem explicou-se! Tentava que eu não passasse por cima de um garrafa de super bock. Fiz questão de lhe agradecer mas a desarticulção dos sentidos para com o meu cérebro fez com que a minha boca se quedasse pelo silêncio. Fiquei aliviado mas continuava sem os óculos. Já quase desistia da minha busca, desgovernada, quando finalmente encontrei as lentes dentro do automóvel. O conjunto parecia intacto. Não me recordo da viagem até casa. Só, vagamente, de ter parado na mougueta porque o rádio se tinha calado. A próxima memória é a do hálito quente da sheriffa nos meus ouvidos propondo-me o almoço. Tinha acabado de chegar de viagem. Fiquei feliz por tudo regressar a normalidade mas infeliz também. Por mais anos que passem não consigo separar-me do cordão umbilical que me liga à adolescência. Tretas de devemos manter-nos jovens para sempre à parte, já tenho idade para ter juizo. Vou repetir em breve.

08 agosto, 2006

Festas de Verão

Os amigos Skareta vão estar em Melides no próximo dia 14 e em Tomar no próximo dia 19.

A não perder também a performance do one man show Dario no Lagar, dia 1 de setembro pop\rock internacional e dia 15 do mesmo mês tributo a Metallica.
Os Dying Dream vão tocar no dia 3 de Setembro no motochurasco do motoclube feminino exactamente no mesmo local onde foi o motochurrasco dos Lesmas do Asfalto.
Boas Férias!

A cidade não está abandonada

Apenas deserta, porque em agosto há os que rumam a sul em busca das noites tórridas dos reinos dos algarves, ou da pretensa virgindade da costa vicentina; há os que rumam a norte buscando a cultura, a imponencia natural; há os que partem para outras paragens na busca de aventura e de conhecimento. Chamam-lhe férias, um conceito demasiado abrangente para que se lhe possa entender o seu significado. Em comum? Em comum apenas o facto da ausencia do emprego. Não do trabalho, porque também há quem aproveite as férias para trabalhar. Remodelar a casa, fazer aquelas reparações que se passou o inverno a adiar ou escrever aquele artigo que se deseja tanto publicar.
O sheriff pelo segundo ano consecutivo não vai ter férias. Vida a quanto obrigas. É duro ser um sheriff nesta cidade. Mas de qualquer forma desejo umas boas férias a todos e todas.

27 julho, 2006

Na tasca...

Segurança (a caminho do turno da noite) - Boa noite, como está?

Patrão (a caminho de casa) - Bem obrigado e o senhor?

Segurança - Cá vamos indo.

Patrão - Então uma boa noite até amanhã.

Segurança - Até amanhã, bom descanso.

Patrão - Obrigado, obrigado. IGUALMENTE!

26 julho, 2006

Oldschool vs Newschool


O clã Sheriff vai continuar a sua saga por muitas gerações.
(Imagem roubada de http:\\grandefabrica.blogspot.com sem autorização, aviso prévio ou outra qualquer demonstração de respeito pelo autor seja lá ele quem for.)

21 julho, 2006

Vou bulir!

Parece que finalmente as tarefas do sheriff como site manager vão incluir algo mais do que coçar as micoses fungoides. Não sei se a ideia me agrada.

Tasca de Alta Segurança

Matulão Careca - Eles já abasteceram?

Sheriff Esteves - Desculpe?

Matulão - Os gajos do Golf, já abasteceram?

Sheriff - Vão abastecer agora.

Monólogo ao telemóvel

Matulão - Vê-me aí se está tudo limpo com esta matricula sessenta e nove (pausa) sessenta e nove (pausa) Oscar Tango
...
É de uma gaja??
...
Não há problema portanto?
...
Não, Estou aqui na tasca do sheriff, encarei com os gajos e desconfiei.
...
Ok, mano, obrigado, aqule abraço

De novo em diálogo

Matulão - Os gajos pagaram?

Sheriff - Sim, fizeram pre-pagamento.

Matulão - Sabes o que foi? Não gostei da maneira como os gajos se dispuseram aqui à porta. Mas ok, não se passou nada.

Sheriff - Pois, ok, obrigadinho, boa noite.

Matulão - De nada até amanhã.

19 julho, 2006

O Amor não acontece - Histórias de uma cidade

Eram os dois caloiros da mesma faculdade quando se conheceram. Ele estava fascinado por ela desde o primeiro momento em que colocou os olhos nos belos cabelos. Faziam-lhe lembrar as searas das planicies que circundavam a cidade dançando ao sabor do vento. Ele era timido demais para meter conversa, apenas educamente a cumprimentava no principio das aulas, da mesma forma que se despedia quando estas terminavam. Sabia-se infeliz, e sabia que a sua timidez jamais o deixaria ser feliz. Como se odiava por ser tão inseguro. Quis colocar-se à prova e avançou para um desafio. Procurou o colega mais galã, mais charmoso e mais popular de todo o campus. Frente a ele elaborou a proposta. O primeiro a conquistar um beijo da donzela fica com o automóvel do outro. O galã nem queria acreditar no que lhe propunham. Ele conduzia um chaço e sempre pedia uma viatura emprestada quando saia com uma mulher. Estavam-lhe a oferecer uma berlina daquele ano se conseguisse conquistar a bela donzela. A sorte protege os audazes pensou ele.
Avançaram para a conquista e com facilidade a donzela de deixou enfeitiçar pelo charme do sedutor. Ele decidiu partir no dia em que viu a sua amada e o seu rival afastarem-se no seu carro. Mudou de faculdade.
Anos mais tarde decidiu aceder ao convite e voltar à faculdade para o reencontro anual. Assim que entrou viu de imediato o homem que menos queria. Ainda charmoso ele estava como um iman no centro da sala atraindo sobre si todos os olhares. Encheu o peito de ar e avançou sobre ele:
- Caramba, ha quanto tempo o que é feito?
- Não pode ser, tu aqui? Nem sonhas, lembras-te daquela aposta ridicula que fizemos? Olha pois, enamorei-me pela donzela e casamos assim que terminamos o curso. Já temos dois filhos.
Ele não podia acreditar. Estava imóvel quando a viu aproximar-se. Continuava linda, os anos e a maternidade não tinham alterado nada. Ele continuava apaixonado e timido demais para dizer o que quer que fosse. Desejou-lhes felicidades e foi-se embora, sem olhar para trás, sem vontade de voltar.

17 julho, 2006

Dying Dream na blogosfera.

Aos poucos os rapazes vão ficando mais avtivos na internet. Confiram em
http://dyingdreamers.blogspot.com/. Ou usem o link aqui ao lado.

13 julho, 2006

Sobre futebol e porque a inexplicavel euforia terminou

Ora digam-me lá se o João pinto não foi muito superior ao zidane? O que e que faltou para ser o melhor jogador do mundial?

09 julho, 2006

Na tasca...

Alfacinha louco - Então sheriff?

Sheriff Esteves - boa noite alface, tudo bem...

Alfacinha - Ja tirei a sorte grande hoje...

Sheriff - Então?

Alfacinha - Parti a tromba a um saloio de merda ali no nic pic. Poe-me ai 20 euros ali para a 4.

Sheriff - Tens de abastecer primeiro que eu ja fechei a caixa

...

Alfacinha - Estes saloios de merda acham que se podem meter com um gajo, pos-se a meter com a minha mulher o gajo, comigo ali ao lado, ve se pode.

Sheriff - Queres tabaco?

Alfacinha - Esta terra é só saloios estupidos, porcos, labregos. O gajo assim para ela es tao bonita. Para a minha mulher, que não dá confiança a ninguem... quero...

Sheriff - Um maço?

Alfacinha - Fui ao balcão meti dois penaltis de vinho e enchi-lhe a cara. Foi só quatro ou cinco bananos. Agora esta la o gajo com o sobrolho aberto e a minha mulher a chorar no carro. Mas ve-me la isto. A meter-se com a minha mulher, que não dá confiança a ninguém, a minha mulher é uma senhora, dá-me um

Sheriff - 30 euros tudo?

Alfacinha - É que aqui o lisboeta é da corraleira. Saloios de merda acham que podem fazer o que querem mas comigo não fazem farinha. Vivo aqui mas não me dou com ninguém, só aqui nas bombas, no ginásio. Nem os vizinhos. Saloios do caralho nem tomam banho, são uns javardos de merda, o gajo a mandar beijonhos para a minha mulher, Ah fodi-o, teve der ser. Isto aqui são só merdosos. Eu sei que és saloio. Não leves a mal isto não é nada contigo, mas não suporto estes gajos.

Sheriff - Aham. Toma lá o teu cartão, boa noite.

Alfacinha . Pois queres fechar, até amanhã, obrigado pelo desabafo.

07 julho, 2006

A razão desconhece os designios do amor - Histórias de uma cidade

Devo a este blog um post sobre este tema. Decidi não o escrever. Não que goste de ficar em divida mas depois de atravessar um deserto de conforto financeiro aprendemos a viver com elas. De qualquer forma vou contar uma história que de algum modo ilustra uma parte daquilo que escreveria. Talvez outras histórias lhe sucedam
Ele conheceu-a. Eram colegas de trabalho. Começaram a criar uma grande amizade. Ele era um deus para ela. Perfeito no desempenho da função como ela queria ser, livre para fazer o que lhe dava na real gana como ela queria ser, extrovertido mas com classe, sedutor mas discreto, enfim, um cavalheiro encantador. Ela era uma tentação para ele. Perfeita nas formas, formosa no rosto, doce nas palavras, quente nas insinuações, divertida nas longas conversas. Em comum pouco mais tinham que o emprego e o facto de serem infelizes. Houve amizade, houve flirt, houve contacto, houve beijos... Chamavam-lhe amor. Amor impossivel de assumir publicamente porque ela ja tinha jurado fidelidade eterna a um homem. Ele pediu-lhe que se separasse. Quis ser feliz junto dela. Mas ela nunca acedeu. Jamais teria força para enfrentar as familias, os amigos, os vizinhos...Dizia ela. Assim foram vivendo o seu amor às escondidas quer fosse trocando delicadezas ao almoço ou fazendo sexo selvagem na casa de banho. Porque o destino nem sempre está aí para ajudar, ele acabou por ter de se afastar devido a uma saída forçada do emprego e uma mudança de residencia. Ainda se iam encontrando por vezes mas não era fácil para ela ter sempre uma desculpa para se ausentar de casa. Os encontros foram diminuindo até se tornarem raros. O relacionamento acabou por arrefecer e ambos seguiram a sua vida guardando apenas aquela aventura como recordação. Um dia, porém, soube ele que ela se tinha separado. Apesar da surpresa, a noticia reavivou a sua esperança de viver o seu amor livremente com ela. Pegou no carro e rumou à cidade. Ainda estava nos suburbios quando avistou o carro dela. Reconheceu-o de imediato estacionado numa rua deserta e sem saida. Aproximou-se. Quando chegou suficientemente perto apercebeu-se que não estava sozinha. Dois corpos trocavam um longo e apaixonado beijo. Reconheceu de imediato a figura masculina. Era um antigo colega de trabalho. Engrenou a marcha atrás, inverteu o sentido de marcha e acelerou de regresso a casa. Naquele dia o seu coração despedaçou-se de tal forma que nunca mais conseguiu voltar a amar. Como poderia ter sido tão enganado pela mulher que julgara amar?

06 julho, 2006

1ª Conquista do sheriff como site manager


O sheriffmobile está como novo. Agradeço a minha sis por ter desenrascado a cena.

03 julho, 2006

Obituario - Jim Morrison


Faz hoje 35 anos que morreu o Rei Lagarto. A minha vida depois de conhecer a sua obra nunca mais foi a mesma.

28 junho, 2006

Trabalho, quem eu?

Imaginem um emprego em que nunca há sobrecarga, seja de horario, seja de trabalho. Imaginem um emprego no qual quando alguém vai de férias nenhum colega fica sobrecarregado. Imaginem um emprego em que durante o horário de expediente se joga damas na internet ou se consulta sites de arrebimbaomalho (palavra nova que aprendi esta semana, espero estar a usa-la correctamente e a escreve-la da maneira certa). Imaginem um emprego onde os colegas competem freneticamente, quer seja a jogar à moeda, ou a jogar aos paises, cidades, nomes, profissões.... Imaginem um emprego onde o chefe quando vê trabalho abandonado se levanta e vai fazer em vez de mandar e/ou repreender o empregado faltoso. Imaginem um trabalho em que o chefe leva tv para ninguem perder os jogos do mundial. Imaginem um emprego em que o chefe nos dá uma tarde de folga porque o trabalho esta todo feito. Qual não existe. Existe. Pena tenho que seja só o estágio.

Mantenham o sigilo acerca disto, por favor!

Your Porn Star Name Is...

Long Dong Silver

As coisas que me dizem,,,

You're A Passed Out Drunk
Drinking gives you that warm fuzzy feeling, until you're thrown in the back of a police car...
What Kind of Drunk Are You?

Feel Like Skankin?


Então não percam a exibição dos skareta, velhos amigos, no musa antes de Peste & Sida. Com muita pena que não posso lá estar. Mas fica o compromisso de, assim que me for oportuno, aprecer num concerto de skareta.

22 junho, 2006

Isto é tortura

Mandarem-me esta foto para o email e não me dizerem onde é a merda da festa. Não se faz isso ao sheriff. Estes copos metem os de litro, em que me serviram uma zurrapa a que chamavam cerveza, de Madrid a um canto.

21 junho, 2006

Ele ha cada um...

Já vi muitas manias de enfeitar os automóveis. Cada um com a sua e algumas que até viram moda. Como as bandeirinhas de portugal que pegaram moda no euro, ou aquela boneca que era o logotipo de uma disco de Ibiza colada na traseira do carro, ou o cachecol do clube amado estendido na chapeleira, ou o pequeno, ou nem tanto, peluche pendurado no espelho retrovisor, ou o autocolante com uma frase do tipo "movido a alcool? Só o condutor!", já vi cornos, ferraduras, patas de coelho, a nossa senhora, santinhos, anjinhos, termometros, protectores do sol com personagens da disney, etc, etc, etc. Atreveria-me a dizer que a imaginação dos condutores não me poderá nunca surpreender se hoje, lá na tasca, não tivesse ficado perplexo com um automovel cujo proprietario decidiu embelezar com um jacaré embalsamado colocado na chapeleira. Seria talvez um primo, um caimão, ou coisa que o valha. Estarão os mais atrevidos a pensar que se trataria de um imigrante brasileiro com saudade da sua amazônia. Puro engano. Pasmem-se. Era imigrante, sim, mas do leste da europa. A minha preocupação é se a moda pega. Viajar de automóvel já é assustador o suficiente mesmo sem termos de ir constantemente a olhar para a cabeça de um animal selvagem de olhos esbugalhados e boca entreaberta.

15 junho, 2006

Pausa do sheriff

Hoje tem sido um dia pouco comum na tasca. Deve ser de ser feriado santo. Não há quem diga o quão estranhos são os designios de deus? Para começar um dia que deveria ser de verão mas que o s. pedro (já que hoje estamos tão impregandos de religiosidade) resolveu brindar com um diluvio. Ainda bem. Eu a trabalhar e vocês na praia, isso é que era bom. Depois uma cliente que elogiou o café. Bizarro, os clientes, normalmente, só perdem o seu tempo para protestar contra o que está mal. Para finalizar um carneiro decidiu aparecer em pleno recinto, desvairado. Eu sei que estamos numa zona quase rural mas carneiros na via publica é capaz de ser um exagero. Estou até com medo de começar a segunda etapa. Sabe-se lá as coisas estranhas que podem ainda acontecer. Estranho também é o à vontade com que as pessoas colocam os outros em posições delicadas. Conto-vos duas, uma de hoje outra de uns dias atrás.
Hoje chegou um automovel com uma familia, à antiga, pai, mãe e dois filhos. Só o juvenil mais velho saiu do carro. Entrou na tasca e pediu um sg ventil. Ora o artigo nono do decreto de lei não sei quantos proibe a venda de tabaco a menores. Claro que toda a gente sabe isso, mas os paizinhos, preguiçosos em levantar o cu gordo do banco do carro, insistem em colocar os empregados de balcão numa posição delicada. Eu vendi o maço de tabaco ao puto. Como faço sempre. Mas imaginem que estava uma autoridade qualquer lá dentro. Aposto que a talhada que me ia calhar não seria nada meiga.
Outro dia entrou um tipo para pagar com cartão visa. Em lugar de estar assinado o cartão dizia pedir bi. Nunca peço, mas naquele dia achei que o cliente iria achar bem que o pedisse. Quando pedi a resposta absurda do fulano foi não tenho. Apesar de eu saber que o cartão lhe pertencia, uma vez que ele ate costuma lá ir e é daqui, deu-me vontade de chamar a policia para identificar o gajo. Claro que ele ia ficar todo ofendido. Trabalhar ao balcão é muito fácil do ponto do vista do trabalho. Faz-se de olhos fechados e com uma perna às costas. Mas tem pormenores relacionados com o relacionamento interpessoal que podem tornar a tarefa dificil de concretizar sem criar atritos e situações embraçosas.

13 junho, 2006

Não ou a tarefa inglória de educar!

Na sexta feira passada, o técnico que nos deu formação nas nuvera decidiu incluir, no meio das suas disertações sobre xerografia, corotrons, etc, uma curta aula de pedagogia. Creio que foi uma estratégia para não ser terrivelmente maçador uma vez que as suas tiradas humoristicas pareciam importadas de um episódio dos malucos do riso. Dizia ele, a propósito dos pais de hoje, que não se sabe dizer não aos miúdos. Não é não, ponto final. Não precisa de fundamentação, argumentos, justificações. Deste modo eles perceberão o que significa e quando se lhes diz não entendem de imediato a mensagem. Do mesmo modo que um dia que eles digam não saberão que não é não, ponto final.
Ontem na tasca lembrei-me deste apontamento. Entrou um pai orgulhoso com os seus dois rebentos. O mais velho agarrou uma embalagem com dois donuts com creme por dentro e por fora (do donut entenda-se que a tasca é um estabelecimento asseadinho) e disse ao pai: quero! O pai disse-lhe mas filho tens bolos lá em casa... Bem, o puto acabou por levar aquela porcaria. O mais novo começou a berrar porque queria um chupa. Tirada do paizinho: O sr. não vende chupas e se choras chama a policia... Pois, o sheriff é que paga as favas. O puto meio convencido, meio resignado lá baixou as armas e os três lá foram à sua vidinha.
Um chefe meu dos tempos da salsicharia tinha uma outra técnica. Sempre que a filha lhe pedia alguma guloseima ou coisa do género perguntava-lhe: Tens dinheiro? O pai não tem dinheiro tu tens? Claro que a miuda não tinha e acabava por se resignar. Mas quando tiver... Não vai haver limite de crédito que a segure.
Para mim nem tanto ao mar nem tanto à terra mas, embora as minhas memórias dos tempos de criança sejam parcas, não me lembro de andar a pedinchar à minha mãe pelo quer que seja. Sabia bem até onde podia ir. Sabia perfeitamente que uns ténis de seis contos (sim porque naquela altura uns all star custavam aí uns 4 contos, os mesmos que hoje podem custar 60 euros) eram uma ilusão no meu guarda roupa a menos que houvesse algum jogo de cintura da minha parte. Mas nunca faltou comida no frigorifico, nem doces para matar a gulodice, nem brinquedos ou livros para ler. Acho que todos os pais acabam por falhar num ou noutro ponto mas não sei se compensar a austeridade dos nossos pais com permissividade para com os nossos filhos os torna mais fortes. O que eu sei? Que a boa educação é, cada vez menos, requisito para a convivência social.

12 junho, 2006

Um evento desportivo de dimensão mundial

Enquanto na europa as cadeias de televisão disputam os direitos de transmissão dos jogos do mundial e negoceiam chorudos contratos de publicidade, no Togo as companhias de produção e distribuição de energia eléctrica pedem à população que se abstenha de usar os frigorificos, ar condicionados e outros aparelhos electricos durante as transmissões para evitar um blackout. Já eu contentei-me com o relato da renascença, porque a antena 1 não difundiu em onda média.

07 junho, 2006

060606

Eu não devia ser indiscreto mas o el carteiroman fez anos ontem no dia da besta. Ao que consegui apurar a besta não conseguiu adiar. Parabens pá. Estás lá não tarda, eu ainda demoro (nos 30 entenda-se)...

Yuppies: Afinal eles existem

Nunca me senti muito amedrontado pelos personagens "mitológicos" da infancia, nunca me assustei com o papão que me dava cabo do canastro se eu não comesse a sopa, nem com o senhor policia que me levava preso se eu não me portasse bem, nem com o velho do saco que me levaria se não fizesse os deveres. Já os fantasmas da adolescencia sempre vivi em panico que fossem reais. Os yuppies são uns deles. Nunca acreditei que houvesse esse tipo de gente. Sempre achei que os young urban professionals eram apenas personagens estereotipizados. Mas não, eles existem, estão vivos, e já andam aí. Espero que esta praga rapidamente seja combatida e que eles regressem ao buraco de onde sairam.

The Hitchhiker Diary - O milagre

Naquela noite não era preciso pedir boleia para voltar para casa. As finanças abonadas permitiam poupar os trocos para o autocarro. A paragem ja parecia deslocar-se quando o machimbombo finalmente chegou. Entrei, comprei o meu ingresso para a louca viagem, e escolhi o meu lugar na plateia. Longe do palco é claro, não precisava de mais emoções naquela noite que ja era manhã. Quando acordei não reconheci o lugar onde me encontrava. Seria possivel estar no autocarro errado? Passados alguns quilómetros reconheci o nome da cidade à qual chegava. Loures! Há muito que o meu destino tinha ficado para trás. Apressei-me a sair assim que o autocarro parou. Atravessei a estrada remexendo os bolsos à procura de alguns trocados que sabia não ter. O tráfego àquela hora era minimo. A espaços lá passava uma viatura. O meu aspecto de refugiado não ia ajudar-me a apanhar uma boleia por isso resolvi caminhar em direcção a casa. Noutras circunstancias seria uma decisão impensável mas na altura não me ocorria uma melhor. Ja tinha alguns minutos nas pernas quando o meu fisico começou a acusar o desgaste. Não da caminhada mas da noitada, uma à antiga, Hardcore! Arrastava-me a custo e o sol começava a crescer para mim. Como eu preferia um banho de cuva. Como eu preferia um duche rapido e uma cama. A minha boca estava seca.
Encarei a subida com desânimo, com o mesmo que teria encarado uma descida. Duas figuras no seu final, contudo, despertaram-me a atenção. Fiquei surpreendido por o meu cérebro ainda funcionar. Testemunhas de Geova! Tentei parecer indiferente à sua presença. No entanto não passei despercebido.
- Olá, bom dia!
- Eh pá, desculpem lá, mas bebi uns copos a mais e adormeci no autocarro e acabei por parar aqui, nem tenho dinheiro para ir para casa, nem paciencia para estar a levar com vocês agora. Olhem eu sou ateu, respeito a vossa cena mas deixem-me em paz e não percam o vosso tempo comigo.
- Olha lá não és o sheriff?
- Pá mas como é que...
- És o sheriff não és?? Namorado da sheriffa.
- Ya sou mas tu não tou a ver...
- Eu sou a ludovina, estou a estagiar com a sheriffa lá no atl...
- Ah, ya! Ja nos vimos uma vez, estas boa?
- Esta tudo bem, contigo é que não já vi. Quanto é que precisas para o autocarro?
- 1 pintor ou dois.
- toma la
- eh pa muito obrigado, depois a sheriffa paga-te isso, safaste o dia.
- vai com deus
- Eh pa obrigado, tenham um bom domingo.
Desta vez sentei-me na primeira fila e avisei o condutor que se adormecesse me fizesse o favor de acordar mas não fechei mais a pestana senão na cama.

06 junho, 2006

Vai ser um bacanal!!!


Para alem das duas nuveras tambem vamos ter duas Lady Di destas. Vai ser um forrobodo, uma loucura. Depois eu conto.

05 junho, 2006

O sheriff tem uma nova companheira


Não é uma, são duas iguais a esta aqui em cima. Vamos ser apresentados hoje, 2ª feira. A nuvera 120 e o sheriff vão passar muito tempo juntos daqui para frente. Espero que bons momentos. Para quem andava preocupado deixo também a noticia que a filha do peixeiro já está melhor.

01 junho, 2006

Hoje é o primeiro dia na vida de um Site Manager

Foi o meu primeiro dia no novo emprego. Reunião às 09.00 com o project manager que nos descreveu sucintamente a task, que nos disse que tinhamos sido vendidos como experts ao cliente, que iamos acompanhar o project desde o inicio, que este novo centro de printing and finishing era dos poucos em portugal, que a xerox estava a apostar forte neste project, depois começou-nos a apresentar o não sei quê manager e o não sei quantos manager... Ás 10.30 quando percebeu que os técnicos que iam começar a montar as máquinas afinal não o iam fazer tão cedo mandou-nos para casa. Aqui estou, no meu dia 1 de site manager, preocupado se alguma vez vou entender este dialecto empresarial que inclui palavras inglesas num discurso que ficava muito mais agradável ao ouvido se proferido na lingua materna, e à espera. À espera que o técnico chegue para começarmos o trabalho. Mais a formação porque o projecto só arranca a todo o vapor dia 1 de Janeiro. Estou convencido que este pode ser um passo muito importante na vida do sheriff. Como o prometido é de vidro (sempre achei piada a estes trocadilhos nonsense), afinal, o que vou exactamente fazer? A ideia é esta: vai ser criado um centro com máquinas xerox que vai receber milhares de documentos para impressão. Extractos bancários, apólices, esse tipo de coisas que são impressas em doses inustriais. A minha tarefa, perdão, a minha task é gerir essas impressões, zelar pelo bom funcionamento dos materiais e garantir que tudo é impresso e colocado em envelopes de modo correcto. O aliciante disto tudo é que nos foi dado incentivo para aumentar os nossos conhecimentos e nos tornarmos os tais experts que eles já dizem que somos.
A ver vamos!

31 maio, 2006

Não durmo esta noite graças à filha do peixeiro.

A filha do peixeiro é uma cliente habitual lá da tasca. A visita dela é sempre um ponto alto da noite e quem a conhece é incapaz de o negar. Na sua meninice de inicio de maioridade a miúda não deixa nenhum homem indiferente. Conhecendo como conheço alguns de vocês já vos imagino a coçar o umbigo e a troçar da rebarba do sheriff. Nada disso. O que aconteceu foi que na visita de hoje a filha do peixeiro não trazia a aura que sempre a acompanha. O motivo saltava à vista. Um grande abcesso fazia com que a habitual carinha de princesa desse, agora, lugar a uma máscara de homem elefante. Esperava que me viesse pedir um analgésico ou coisa que lhe valha e já imaginava o seu desespero quando se apercebesse que a tasca não tem esse tipo de mercadoria. O meu espanto não poderia ser maior quando a filha do peixeiro se aproxima com um saco de 500 gramas de broas de mel. Não há, de facto, nada melhor para acabar com uma dor de dentes. Para quem não conhece a especialidade a receita é a seguinte: Farinha, açucar, gordura vegetal, ovos, mel e canela. Dulcissima a iguaria. é por isso não vou dormir esta noite, não porque tenha fantasias libidinosas com a filha do peixeiro, nem porque esteja um calor de morte, nem tão pouco pela dor de garganta que me atormenta, ou pela ansiedade de começar no trabalho novo. A insónia desta noite deve-se à mais inocente soliedariedade para com a filha do peixeiro que, a esta hora, de certeza se contorce na cama com dores e uma grande barrigada de broas de mel.

30 maio, 2006

Começo de uma nova era

Acabei de assinar contrato. Não não vou substituir o agostinho oliveira. O sheriff é um dos mais recentes sitemanagers da Xerox. Não me perguntem. Dia 1 digo-vos exactamente o que vou fazer.

Agora que a ressaca ja passou...

...ou pelo menos quase, cá vai. Apenas sucintamente, para falar do meu fim de semana. O que era mais importante este fim de semana era assistir ao concerto dos Alice. A missão foi cumprida mas sem o agrado esperado. Porque os Alice enterraram as correntes juntamente com Layne Staley e têm um rejuvenescimento no minimo caricato com um frontman que, apesar de ser um excelente musico, deixa muito a desejar no que respeita à interpretação, optando por uma postura demasiado exuberante que não encaixa em nada nos temas que canta. Mas a julgar pela reacção dos fãs, nos quais não reconheci os adolescentes da década de 90, esta minha opinião está isolada e talvez, no balanço do sbsr 2006, falem de Cantrell e seus pares como do melhorzinho que passou por cá no festival. Até porque o resto não intimidou. Se não tinha nenhuma simpatia especial por deftones e tool também não foi desta que a coisa mudou, se achava placebo irritante, continuo a achar e se acho que primitive reason se esqueceu qual é a essência do espectaculo ao vivo, confirmei-o, enquanto se continuam a perder em experimentalismos deveras chatos. No palco secundário nada a merecer um destaque por ai alem.
No sábado foi a vez de passar por mafra para o concerto de mata-ratos, onde a falta de simbiose e cumplicidade entre as partes envolvidas acabou por fazer de uma noite que prometia ser uma grande festa, uma sequencia de cenas lamentáveis. Mas ainda assim valeu a pena sair de casa.
No domingo, folga e praia, nada melhor que as gélidas águas da ericeira para nos fazer abrir a pestana.

25 maio, 2006

Os Ratos do Convento que se cuidem!

Os infames mata-ratos vão estar em mafra, este sábado na casa do povo, para uma desratização total, acompanhados pelos decreto 77, Diana Jones and vietnam whiskey dancers e Hardspeech. As hostilidades começam às 22. O sheriff ainda vai passar por lá depois do bules e assumidamente na ressaca do sbsr. Esse é já amanhã (e hj para os meninos tb) e... lá estaremos.

23 maio, 2006

Houve estalada na tasca!

Quase que dava vontade de identificar as personagens que protagonizaram esta cena mas há que manter a discreção. Dois fulanos estavam a despejar uns canecos lá na tasca. Um, um pseudo-técnico de som e imagem, dissertava numa linguagem que só ele parecia entender. O outro ia abanando afirmativamente a cabeça e acumulando centimos numa conta que pensava não ser para pagar. Chegou um cigano com o pé partido, conhecido de todos nós, ao volante do seu veículo. Abasteceu, comeu, bebeu, sujou... O tipo do som vira-se para ele para explicar que ele tinha o som do carro mal equalizado. É impossivel de descrever mas imaginem uma batida com os graves no maximo, uma distorção que tornava qualquer nota imperceptivel e mais decibeis do que o discernimento humano consegue suportar. O cigano vira-se para o tipo do som e dá-lhe a chave do carro para ele ir corrigir a coisa. O gajo atrapalhou-se ou não sei o quê e desligou a cabalgem de toda a panóplia de amplificadores, woofers, sub-woofer, extra-woofer e o eu sei lá mais o quê que ocupavam toda a bagageira do veículo. Ligou o auto-rádio directamente às colunas e conseguiu um som limpido mas que não atingia os débilbeis que o cigano queria. Por entre exigências que o gajo pusesse o sistema de som como estava antes de mexer e explicações do técnico que aquilo estava em perigo de curto circuito a discussão subia de tom. O sheriff mantinha-se ocupado com as suas tarefas domésticas que os ponteiros do relógio estavam cada vez mais perto do número 12. Apenas me detive quando o som da palma de uma mão a bater contra a face do técnico de som antecipou o fim da discussão. Procurei o telefone porque já estava a prever o desfecho da cena. Mas o gajo do som ficou-se, o cigano foi embora e as coisas acalmaram. O gajo do som justificava: Eu conheço o gajo desde a escola, ele é mesmo assim, quando se chateia resolve a coisa com um estalo. Amanhã eu falo com ele. O sheriff respondeu: Pessoal saiam lá que está na hora.

Fui contratado!

O meu telemovel toca pouco. Por isso quando o ouvi tocar sabia que era importante. Do outro lado uma bela voz feminina. Sr. Sheriff Esteves? Aqui é a fulana da Empresa Trabalho Precário. Queria-lhe dizer entendemos que você é a pessoa indicada para o tal trabalho e que vamos proceder à sua contratação. Já agora continuamos a tentar contratar uma segunda pessoa não conhecerá porventura alguém? A pessoa indicada. Eu? Quanta honra... Adivinhem mais, arranjei um amigo que lá convenci a candidatar-se e, surpresa! Também ele era a pessoa que eles procuravam. Custava muito dizerem-me que não tinha aparecido mais ninguém? A mim só me preocupa que eles me paguem a tempo e horas o resto é palha. Concluindo: Dia 1 de junho o sheriff começa a dar no duro.

18 maio, 2006

Formação Profissional 2

Até aceito que estou quase a terminar o curso e não fiquei tão expert na matéria como se calhar devia, mas insultarem a minha inteligência... Ultima pergunta dos cadernos:

Que diferença há entre os módulos de memória RAM DIMM e SIMM?

a) Têm o mesmo número de contactos
b) Têm a mesma velocidade em ns.
c) Têm diferente número de contactos e diferentes velocidades.

Para acertar esta basta saber ler português mesmo que não se faça puto ideia do que é uma RAM SIMM ou DIMM.

Formação Profissional

Estou a fazer um caderno do curso de MRP que estou a tirar. A pergunta nº 3 reza assim:
Os multímetros permitem medir:
a) Apenas tensões em CC.
b) Apenas tensões em CA.
c) As duas anteriores estão correctas.
Em perguntas de escolha multipla eu tenho a minha técnica. Primeiro abordo a pergunta do ponto de visto da estrutura esqucendo o conteudo. Desta forma tenho duas hipoteses parecidas e uma que considera essas duas correctas. Isto não me permite nenhuma conclusão. Se a terceira fosse disparatadamente diferente poderia exclui-la. Antes de usar os meus conhecimentos sobre a matéria faço uma análise semântica. Esta análise permite-me excluir a terceira hipótese, uma vez que a) e b) não podem ser ambas correctas por causa do apenas. Um multimetro não pode medir apenas tensões em CC e apenas tensões em CA. Finalmente faço uso dos meus conhecimentos. É aqui que me lixo. Porque um multimetro pode medir tensões em CC e em CA. Além do mais não mede apenas tensões. Pode tambem medir resistencia e intensidade. Traiçoeira esta pergunta. Será que não é para responder?

Falta de água

Alguém ouviu falar durante o inverno em criar condições para que os efeitos da seca este ano não possam por em causa o normal funcionamento de portugal? Falar de seca no pico do verão é muito fácil.

Sejam vencedores!

No clube onde o sheriff anda na natação há uma classe de competição, mas com putos mesmo pequenos. Seis ou sete anos os mais novos. Eu acho bem. Os atletas de alta competição têm começar novinhos. Lá diz o povo de pequenino é que se torce o pepino. Cabe aos pais terem a felicidade de acertar no desporto mais adequado e que deixe os filhos mais felizes. Mas isso dava pano para mangas, as decisões que os pais tomam por nós até (e durante) termos capacidade de fazer as nossas próprias escolhas. Hoje, no fim da aula, os míudas e miúdas fizeram uns sprints ao despique. Um paizinho que foi dar banhinho ao puto quis saber. Ganhaste o teu sprint? Coisa que não tinha acontecido. O pai logo remendou. Isso não interessa, o que interessa é nadares bem. Eu não percebo nada de pedagogia mas nunca ensinaria um filho meu assim. Num mundo cão como este é claro que pouco importa nadar ou fazer o que quer que seja bem. O que importa é ganhar. Não é estudar bem que nos abre as portas da faculdade. É ter uma classificação melhor que os outros. Não é trabalhar bem que nos coloca num bom emprego. É ganhar a preferência do empregador, nem que seja com cunha ou com mentiras. Não é namorar bem que convence as miúdas é ganhar no prestigio e na popularidade. Um filho meu seria instigado a ganhar e a viver para ser um vencedor. Não para ser bom. Porque além do mais ninguém é bom em tudo mas um vencedor vence sempre. Na minha fugaz passagem pela nautica tive um professor de análise matemática que era muito bom. Especialmente em quimica, onde ele era, de facto, um fora de série. Mas um vencedor? Um gajo a chegar aos 60 anos com a vida social e afectiva reduzida à mãe com quem ainda vivia uma vida dedicada a ajudar a formar oficiais da marinha mercante não me parecem conquistas de um vencedor.
Eu até percebo este pai. Quer que o filho viva a infancia sem pressão, evitar os complexos de inferioridade, essas coisas. Mas pergunto-me, será esse o caminho que vai fazer o puto feliz? Quando eu também era puto o meu desporto era o futebol. Jogava aqui no ACM. No verão havia sempre um torneio de futsal para camadas jovens aberto a toda a gente. O ACM formava duas equipas, o GDVP também e apareciam mais umas quantas. Entre os dois primeiros clubes disputavam-se as vitorias no torneio em todos os escalões. Houve um ano que eu e mais alguns miudos, quase todos renegados dos seus clubes por uma ou outra razão, acabamos por participar como outsiders. Tinhamos uma equipa fortissima. Contra tudo e contra todos acabamos por ganhar o torneio. Na cerimonia de entrega de premios o discurso dos organizadores era que o objectivo era o convivio, o desporto, o lazer, trazer a comunidade para junto dos jovens e tirar os jovens dos caminhos errados, não interessava os resultados desportivos, que eramos todos campeões, etc. Um pouco como o pai daquele miudo estes senhores protegiam os seus pupilos da derrota. Ou pelo menos tentavam. Porque ao recebermos as medalhas, todas iguais, eu sentia-me um vencedor e festejava ao passo que os outros tinham os olhos vidrados pelas lágrimas e o coração trespassado pelo sentimento de derrota. Ainda hoje é das coisas que mais me comove, seja onde for, é ver alguem vencer, a energia libertada mexe com o sheriff. Façam de vocês, e dos vossos filhos porque não, vencedores.

17 maio, 2006

Educação

A educação dos miúdos vai perdendo qualidade à medida que vai aumentando o número de publicações sobre puericultura e criação de animaizinhos. Estarão os dois factos directamente relacionados?

Habituées da tasca

Apesar de, pelo tipo de negócio, lá a tasca ser muito frequentada por forasteiros tem os seus clientes habituais. Não falo daqueles que vão todos os dias beber o seu café e, descaradamente, ler as revistas mas sim dos que têm um ritual diário que cumprem quase religiosamente. Não são tão poucos como isso mas há alguns que se destacam pela sua excentricidade. Hoje tomei nota à medida que foram por lá passando. Começou por chegar a carrinha cheia de mulheres de casa de alterne. Sai sempre uma cidadã do leste europeu, loura e magra. No seu mau português pediu o de sempre: três maços de karelia slims que paga com 10 €, um maço de detroit que paga com 5 € e outro maço de karelia slims que paga com 5 €. Entre outras tarefas domésticas deve estar incubida do "economato". Logo depois entrou o segurança que sempre passa lá antes de entrar no seu turno da noite. Comprou o habitual: Uma revista cor-de-rosa, um jornal desportivo e uma revista porno. Pagou com 10 € e tirou um cafe da maquina com os trocados que sobraram. Em seguida os três alcoólicos da praxe. Um de cada vez claro. Que isto de ser alcoólico não é o mesmo que ser bêbedo. O alcoólico moderado levou duas latas de sagres e pagou com o dinheiro certinho. Depois o hardcore comprou um marlboro e uma garrafa pequena de red label (se fosse inverno teria por certo levado um saco de lenha). Por fim o oldschool que levou toda a cerveja que os trocos que tinha no bolso podiam comprar. Nesse instante entrou o meu habituée preferido, o vendedor herbalife. A rotina habitual: começou pelos desportivos, passou para os automóveis, pela pornografia, seguiu para os computadores, passou pela economia, continuou com a decoração, com os masculinos, femininos, cor-de-rosa, culinária, o ponto de cruz, os juvenis e com uma fugaz passagem pelos diários consultou todos os magazines expostos. No fim pegou em mais um livro da coleccção do Dalai Lama, pagou e saiu sem proferir uma unica palavra. Queres parecer um nerd? Pergunta-lhe como. A noite não fica completa sem o motinhas na sua bicicleta série limitada a pedir a chave da casa de banho e sem o pessoal da padaria. Red Bull e cafes para toda a gente.

15 maio, 2006

O sheriff foi à capital

Dito assim até parece que sou um saloio daqueles que só vai a lisboa uma vez por ano ver um jogo do sporting ou assim. Saloio sou e a lisboa vou as vezes que quero e bem entendo. Não foi bem o caso desta vez. Não fui obrigado, mas fui porque fui convocado para uma entrevista de emprego. Vesti uma farpela bonita que diz-se que isto de ir engraçadote aumenta o nosso potencial. Cheguei lá ao escritório da empresa de recrutamento, na rua da misericordia, com uma belissima vista para o tejo, e aguardei. Porque nestas coisas tem-se sempre de aguardar. Quando se chega antes espera-se. Se se chega a horas, espera-se. Se se chega atrasado então ainda se espera mais. Lá veio a senhora que me tinha telefonado. Já nos conheciamos foi ela que me recebeu quando fiz a inscrição. Veio dizer-me para esperar mais um pouco que o colega dela ja me atendia. Aprecio a consideração mas para me dizer aquilo podia ter continuado a não fazer o que não estava a fazer. Quem espera 15 minutos sem satisfações também espera 20 ou meia hora. Depois lá veio tipo, um gajo bem posto e com um discurso seguro, palavras bem escolhidas e perguntas idiotas. Deve ser por até achar que quero mesmo este emprego e ter tomado mais atenção a esta entrevista que fiquei perplexo com o teor das perguntas. Dizia ele: Então trabalhou 6 anos na sicasal e saiu porque quis continuar a estudar. Havendo hipóteses de voltar estaria interessado em voltar para o seu antigo trabalho? (Mas o que e que isto lhe interessa? Será que a sicasal extinguiu a sua empresa de recursos humanos e contratou estes gajos?) Então e o que gosta de fazer na vida, profissionalmente e pessoalmente? (Mas este gajo esta a avaliar as minhas potencialidades para o desempenho da função ou a tentar conhecer-me melhor. Será que me vai convidar para saír?) Então se no mercado de trabalho houvesse um qualquer emprego a sua espera o que seria, o que realmente gostaria de fazer? (Ser banqueiro, fazer uma opa a esta empresa onde trabalhas e despromover-te). 20 minutos depois acabava o sofrimento. Cumprimentamo-nos. Mandou-me aguardar de novo que a colega ja vinha falar comigo. Pensei que me viria dar mais detalhes do emprego e despedir-se com o depois telefonamos se for caso disso da praxe. Mas enganei-me. Veio só despedir-se de mim. Tanta simpatia. Saí com o sentimento que as coisas não correram muito bem. Mas tenho um bocado dificuldade em sintonizar-me nas mesma frequencia destes gajos dos recursos humanos. De regresso pensei como prefiro as vacas aqui da santa terrinha às artisticamente pintadas que tanto sucesso fazem em lisboa roubando a atenção dos turistas das pesadas brocas que fazem mais um buraco e como era bem mais simples se nos metessem à frente um teste de aptidão nestas merdas do que um gajo com a mania que é psicologo de alcochete. Mas os braços não baixarei e se dia 1 de junho não estiver empregado como o meu chapéu (desculpem lá a expressão mas acabei agora de ler a conspiração).

12 maio, 2006

O menino e o cachorro - Histórias de uma cidade

Havia um menino, naquela cidade, filho de pais abastados, que tinha tudo o que queria. Certo dia, encontrou um rafeiro na rua. Brincaram todo o dia. Chegada a noite rumaram a casa do menino que exigiu ficar com ele. Os pais, apesar de contrariados, acederam. Durante semanas o menino brincou com o cachorro, eram inseparáveis. Esqueceu todos os brinquedos que tinha. Só brincar como o cão lhe dava prazer. Os pais acenavam-lhe com outros brinquedos mas o menino era apaixonado pelo cãozinho. Naquele natal, os pais ofereceram-lhe um cão robot, invenção dos japoneses, é claro. Não é que não gostassem do cachorro mas o cão-máquina trazia vantagens. Não comia, não bebia, não sujava, só latia quando ordenado para tal. A principio o menino ficou maravilhado com a maquina. Explorou ao maximo as capacidades do robot. Entusiasmou-se de tal modo que esqueceu o seu fiel amigo. Os pais aproveitaram e entregaram o cachorro no canil. Passados meses o menino andava triste, com um sentimento de vazio que não sabia explicar. Nem o cão-maquina era ja capaz de lhe despertar interesse. Foi ao regressar da escola que viu o seu cachorro. De repente entendeu porque estava triste. Sentia saudade daquele amigo, dos tempos que passaram juntos. Momentos que o cão maquina nunca lhe proporcionou. Momentos de amizade pura e sincera que não estavam programados em nenhum chip. Correu para o cachorro. No entanto acabou por se deter porque o animal rosnou-lhe quando ele o tentava abraçar. O menino afastou-se triste e ficou só, fingindo ter no robot a amizade do seu cachorro. Enquanto o menino fingia uma felicidade artificial o cachorro encontrou um novo dono, um menino pobre, que não tinha brinquedos. O cachorro pouco comia e nem tinha abrigo para morar, mas vivia feliz partilhando a refeição e a cama do dono.

Uma questão de prioridades

Mecanico em Fim de Turno - Queria pagar 1 euro e meio de gasoleo e esta sagres!

Sheriff Esteves - São 2 e 30.

Mecanico - (contando os trocos) Deixei a carteira em casa vamos la ver se não fico apeado. Ate amanhã.

Sheriff - Obrigado, Boa noite!

(Penso que a sagres sirva como aditivo para o combustivel ou então era o condutor que tb estaria a precisar de combustivel? Eu entendo, apeado por apeado sempre tinha alguma cois apara beber.)

10 maio, 2006

OBRIGADO!!!

Quem me conhece sabe como era importante para mim ir ao super rock este ano. Quero agradecer publicamente à minha irmã por me ter proporcionado isso. Sem ela não teria sido possível. Thanks sis, I lova Ya!!!

09 maio, 2006

Tasca das Celebridades

Estou a dever à cidade um post sobre Ele, o Amor. Sobretudo sobre os contornos que não consigo entender. Está na forja mas ainda não vai ser desta. Aproveito o interregno para deixar registado mais um episódio da tasca. Não que seja propriamente recente mas hoje veio-me à memória, que é tudo menos selectiva. Falo da minha claro.
Um dia destes entrou lá na tasca o Pedro Não Sei Quantos. Aquele gajo sardento que é pivot da tvi e apresenta o jornal da noite. O gajo deve morar para aqui perto porque aparece lá na tasca de quando em vez. Nesta vez encontrou uma fã.
Fã Cinquentona - (Interpelando o sujeito que estava na fila da caixa) - Deixe-me cumprimentá-lo! Sabe não perco um jornal da tvi. Gosto muito de o ver a si.
Pedro Não Sei Quantos - Muito Obrigado! Fico muito feliz em sabê-lo.
Fã - Estou sempre em frente ao televisor às oito. Você é um excelente profissional. Não perco um episódio. (Nota do Sheriff: Eu não vejo o jornal da tvi mas será que aquilo parece mesmo telenovela?).
Pedro - Obrigado, obrigado
Fã - Vocês são todos excelentes, fazem um trabalho excelente, não perco um...
Pedro - É para isso que trabalhamos, obrigado.
Fã - É um prazer conhecê-lo pessoalmente, admiro muito o seu trabalho, dê cá dois beijinhos....
E eu a ver que isto nunca mais acabava e a fila que quase chegava à porta. Por favor Sex Symbols deste portugal evitem frequentar a tasca do sheriff. Aquilo é uma casa decente e bem frequentada. A gerência dispensa cenas tristes.

02 maio, 2006

O Sheriff trabalha numa tasca cosmopolita

Devem ser reflexos da globalização. Os clientes da tasca são de todas as etnias, credos, e orientações. As próximas personagens serão um exemplo da famigerada globalização? Atentem: Um brasileiro que se chama Rummeniga e que usa uma camisola da selecção argentina ou um ucraniano com uma t-shirt de apoio ao candidato José Eduardo dos Santos. Ele há coisas...

30 abril, 2006

Violencia Doméstica

Porque lá nas tasca também há dias dificeis e dias muitos dificeis. Sexta feira superou este ultimo escalão. Estava um dia complicado. Toda a gente tinha-se lembrado de ir à tasca à ultima da hora entra uma loira:
Loira Extravagante - Boa noite! Como é que eu vou para o Turcifal?
Sheriff Esteves - Boa noite, a senhora vai ate aquela rotunda...
Loira - Eu sei como e que se vai, mas como é que eu vou?
Sheriff - A esta hora já não tem autocarros. O melhor é tentar apanhar um táxi na Malveira. - A senhora desfaz-se em choro. - Tenha calma, o que se passa?
Loira - Pode chamar a GNR?
Sheriff - Mas o que se passou?
Loira - O homem com quem vivo bateu-me dentro do carro e deixou-me aqui. - Sabem quando uma mulher chora a sério? Pois esta estava inconsolável.
Sheriff - Vou chamar a guarda. Sente-se um bocadinho. Aceita um copo de água? - Um copo de água? Eu na situação dela precisava era de uma whisky e duplo mas a senhora aceitou e até foi uma boa ideia.
Telefonei à GNR, que isto de ser sheriff tem as suas limitações. Os senhores demoraram o tempo da praxe. A senhora recuperou um pouco. Quando eles chegaram acabaram por levar a senhora para casa. Decisão tomada de livre vontade mas que me pareceu pouco sensata. Espero que ela não tenha levado mais uns tabefes nesta noite. Até porque da conversa que não consegui evitar ouvir percebi que não era a primeira vez. Com tanto gajo decente por aí solteiro como é que ainda há quem se meta nestes filmes? Ele, o amor, tem contornos que não são para um sheriff entender.

26 abril, 2006

The Hitchhiker Diary - LSD

O céu cinzento ameaçava e ninguém parava. Finalmente um carro parou. Entrei para o banco de trás. O nosso destino era o mesmo.

Condutor - Então já te bateu?

Pendura - Ainda não e a ti?

Condutor - Ya. Quantas meteste?

Pendura - Uma e tu?

Condutor - Duas!

Pendura - Se calhar meto outra...

Condutor - Olha que não estás habituado...

Pendura - Ya mas não está a bater

Condutor - Olha foi aqui que o outro chavalo morreu. Aqui nesta portagem.

Pendura - Quem o do surf?

Condutor - Não o outro. O do surf foi a surfar. Este foi aquele do acidente de carro, aqui na portagem.

Pendura - Ya, vou meter outra.

Condutor - Não te está a bater?

Pendura - Naaa

Condutor - Ya mete...

Chegamos ao destinos, a salvo.